Fevereiro foi o mês com o menor número de homicídios dos últimos 9 anos em Goiás, menor número desde o início da série histórica. A queda nas ocorrências deste tipo de crime foi destaque na fala do governador do estado, Ronaldo Caiado, nesta sexta-feira (1º), durante a celebração dos 25 anos de criação do Grupo Tático 3 (GT-3), unidade de elite da Polícia Civil do Estado de Goiás, realizada em Goiânia.
A consolidação da segurança pública em solo goiano, conforme avaliou o governador, é uma resposta a uma preocupação de grande parte da população e uma referência para o país. “Não é sentimento de segurança, é segurança plena do cidadão no nosso Estado”, reafirmou Caiado, ao lembrar que determinou combate rigoroso à criminalidade desde o início da gestão, o que resultou no recuo dos homicídios, e que os resultados têm atraído a atenção de outros estados.
Também presente ao evento, o vice-governador Daniel Vilela elogiou a convergência do trabalho das forças policiais goianas. “Nunca observamos uma integração como a de hoje, não só das forças de segurança do governo, mas também com a presença da Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal”, destacou. A superintendente regional da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, prestigiou o evento.
Dados compilados pelo Observatório da Segurança Pública da SSP/GO mostram que em outubro de 2016 o estado registrou um pico de 256 homicídios. Em fevereiro de 2024, foram 56. “É o menor número desde a implantação da atual metodologia de análise estatística dos indicadores criminais”, sublinhou o titular da SSP/GO, Renato Brum. Em relação ao pico de outubro/2016, a queda foi de 78,1%.
Nos últimos cinco anos, o Governo de Goiás aumentou o efetivo da Polícia Civil em quase um terço. Em 2021, convocou 100 novos delegados de polícia, após um hiato de sete anos sem nomeações para o cargo. Mais recentemente, em janeiro deste ano, foram nomeados quase 800 aprovados em concurso público.
“Temos policiais civis que são determinados. Esse é o diferencial. Não existe ninguém que chegue aos resultados sem essa motivação”, pontuou o governador Ronaldo Caiado.
O delegado-geral André Ganga apontou que, em 2023, a Polícia Civil registrou números recordes, com 67% de crescimento nas atividades. “Só em prisões tivemos 5.184. Em operações, foram 2.903. Tenho certeza que, em 2024, teremos muitas mais, em razão dos novos policiais que já estão mostrando resultado e foram um acréscimo de quase 30% do nosso efetivo atual”, declarou.
O GT-3 atua em apoio a diligências contra quadrilhas do crime organizado ou na repressão a marginais de alta periculosidade e tornou-se um exemplo da expertise alcançada em Goiás, ressaltou o delegado José Antônio de Podestá Neto, que coordena a equipe.
“Os bandidos estão migrando daqui, estão indo para longe. Só nós vamos buscar”, declarou ele, ao citar operações no Paraná e Rio de Janeiro para captura de foragidos. Somente no ano passado, foram 262 operações em apoio a outras divisões da Polícia Civil em ocorrências com envolvimento de artefatos explosivos, resgate de reféns, intervenção carcerária, escolta de presos, entre outros.
O GT-3 foi criado em 1999 com a unificação dos grupos operacionais de Anti assalto a Banco (GAB), Antissequestro (GAS) e Tático. Desta junção surgiu a denominação de Grupo Tático 3 ou GT-3.
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