28 de agosto de 2024
Segurança Pública

Goiás tem menor número de homicídios registrados em um único mês em nove anos

Foram 56 em fevereiro de 2024,
Nos últimos cinco anos, Governo de Goiás aumentou efetivo da Polícia Civil em quase um terço. (Fotos: André Sadi)
Nos últimos cinco anos, Governo de Goiás aumentou efetivo da Polícia Civil em quase um terço. (Fotos: André Sadi)

Fevereiro foi o mês com o menor número de homicídios dos últimos 9 anos em Goiás, menor número desde o início da série histórica. A queda nas ocorrências deste tipo de crime foi destaque na fala do governador do estado, Ronaldo Caiado, nesta sexta-feira (1º), durante a celebração dos 25 anos de criação do Grupo Tático 3 (GT-3), unidade de elite da Polícia Civil do Estado de Goiás, realizada em Goiânia.

A consolidação da segurança pública em solo goiano, conforme avaliou o governador, é uma resposta a uma preocupação de grande parte da população e uma referência para o país. “Não é sentimento de segurança, é segurança plena do cidadão no nosso Estado”, reafirmou Caiado, ao lembrar que determinou combate rigoroso à criminalidade desde o início da gestão, o que resultou no recuo dos homicídios, e que os resultados têm atraído a atenção de outros estados.

Também presente ao evento, o vice-governador Daniel Vilela elogiou a convergência do trabalho das forças policiais goianas. “Nunca observamos uma integração como a de hoje, não só das forças de segurança do governo, mas também com a presença da Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal”, destacou. A superintendente regional da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, prestigiou o evento.

Dados compilados pelo Observatório da Segurança Pública da SSP/GO mostram que em outubro de 2016 o estado registrou um pico de 256 homicídios. Em fevereiro de 2024, foram 56. “É o menor número desde a implantação da atual metodologia de análise estatística dos indicadores criminais”, sublinhou o titular da SSP/GO, Renato Brum. Em relação ao pico de outubro/2016, a queda foi de 78,1%.

Nos últimos cinco anos, o Governo de Goiás aumentou o efetivo da Polícia Civil em quase um terço. Em 2021, convocou 100 novos delegados de polícia, após um hiato de sete anos sem nomeações para o cargo. Mais recentemente, em janeiro deste ano, foram nomeados quase 800 aprovados em concurso público.

“Temos policiais civis que são determinados. Esse é o diferencial. Não existe ninguém que chegue aos resultados sem essa motivação”, pontuou o governador Ronaldo Caiado.

O delegado-geral André Ganga apontou que, em 2023, a Polícia Civil registrou números recordes, com 67% de crescimento nas atividades. “Só em prisões tivemos 5.184. Em operações, foram 2.903. Tenho certeza que, em 2024, teremos muitas mais, em razão dos novos policiais que já estão mostrando resultado e foram um acréscimo de quase 30% do nosso efetivo atual”, declarou.

O GT-3 atua em apoio a diligências contra quadrilhas do crime organizado ou na repressão a marginais de alta periculosidade e tornou-se um exemplo da expertise alcançada em Goiás, ressaltou o delegado José Antônio de Podestá Neto, que coordena a equipe.

“Os bandidos estão migrando daqui, estão indo para longe. Só nós vamos buscar”, declarou ele, ao citar operações no Paraná e Rio de Janeiro para captura de foragidos. Somente no ano passado, foram 262 operações em apoio a outras divisões da Polícia Civil em ocorrências com envolvimento de artefatos explosivos, resgate de reféns, intervenção carcerária, escolta de presos, entre outros.

O GT-3 foi criado em 1999 com a unificação dos grupos operacionais de Anti assalto a Banco (GAB), Antissequestro (GAS) e Tático. Desta junção surgiu a denominação de Grupo Tático 3 ou GT-3.


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