A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás confirmou, nesta sexta-feira (3), o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no Estado. A ocorrência foi registrada em Uruaçu, município localizado na região norte, e ocorre em meio ao aumento de casos em todo o país.
Segundo o Ministério da Saúde, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) contabiliza 60 notificações de intoxicação por metanol no Brasil. Dessas, 11 foram confirmadas, todas em São Paulo, onde também houve uma morte oficial.
De acordo com a SES-GO, a paciente é uma mulher de 25 anos, moradora de Itapaci, que teria consumido bebida alcoólica durante um passeio em uma cachoeira em Guarinos. Ela foi internada em Uruaçu e permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), recebendo acompanhamento integral de uma equipe multidisciplinar. Exames laboratoriais estão sendo realizados para confirmar ou descartar a contaminação por metanol.
Casos confirmados e suspeitos no país:
- São Paulo: 42 casos suspeitos em investigação; 11 confirmados. Uma morte confirmada e cinco em apuração.
- Pernambuco: cinco casos suspeitos; duas mortes em análise.
- Distrito Federal: um caso suspeito envolvendo o rapper Hungria.
- Bahia: um caso suspeito em Feira de Santana, com óbito em apuração.
Na quinta-feira (2), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou medidas emergenciais para conter os casos. Entre as ações estão o envio de 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico a hospitais universitários federais e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), além da intensificação das fiscalizações em bares, distribuidoras e supermercados.
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é um produto químico usado na indústria e em combustíveis. A ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode causar cegueira, falência de órgãos e morte, tornando a vigilância e o tratamento precoce essenciais.
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