21 de dezembro de 2024
Cidades

Goiás pode precisar de até 11 mil leitos de UTI em junho, diz estudo da UFG

Centro de Internação para pacientes com Covid-19. (Foto: Dircom Anápolis)
Centro de Internação para pacientes com Covid-19. (Foto: Dircom Anápolis)

Pesquisa feita pela Universidade Federal de Goiás (UFG) indica que a diminuição do isolamento social pode aumentar necessidade de leitos de UTI no estado até o final de junho, para tratamento de pacientes com coronavírus. Goiás pode precisar de até 11 mil leitos

A análise foi realizada a partir de dados de isolamento dos municípios goianos, em diferentes momentos no mês de abril, antes e depois da diminuição gradual do isolamento social. Os dados foram analisados em os dias 14 e 27 de abril.

Segundo os pesquisadores, os dois cenários são considerados otimistas, pois incluem um alto isolamento social proporcionado pelas medidas de governo implementadas.

De acordo com a pesquisa houve redução da velocidade de transmissão em abril de 2020 com as medidas adotadas.

Foi destacado que a redução gradual do isolamento social ao longo do tempo e ainda não é possível avaliar qual será o impacto na taxa de transmissão efetiva nas próximas semanas. 

No entanto, é possível verificar se o número impactar no número reprodutivo da infecção e a tendência se manter em maio, no início de junho haverá crescimento da necessidade de leitos hospitalares e leitos de UTI em Goiás, podendo crescer nos próximos meses.

Estima-se que serão necessários entre 440 e 1380 leitos clínicos no final de maio, e entre 1550 e 3950 leitos clínicos no final de junho no cenário de maior isolamento social e uma demanda entre 511 e 1600 leitos clínicos no final de maio, e entre 5740 e 11060 leitos clínicos no final de junho no cenário com diminuição gradual do isolamento social.

O aumento deverá ocorrer com atraso de aproximadamente 20 dias, com maior impacto no final de junho. 

Os números utilizados no estudo são obtidos via isolamento social estimado via telefonia celular. Clique aqui para ver o estudo completo.

De acordo com os dados colhidos até agora, o estudo pressupõe que a redução do nível de distanciamento social promove, até 11 dias depois, um aumento detectável no número de novos casos confirmados de COVID-19.

Clique aqui para ver vídeo sobre a evolução da Covid-19 nos municípios goianos.

De acordo com a UFG, as estimativas do estudo são úteis para prever demanda de leitos hospitalares convencionais e de UTI em todo o Estado.

O estudo também alerta para o perigo de flexibilização seletiva de medidas de distanciamento social em municípios menores, por isso sugere manter as mesmas medidas de isolamento social para todo o estado de Goiás.

De acordo com a pesquisa, o isolamento social pode achatar a curva epidêmica, mas ainda não se sabe ao certo quando será possível flexibilizar essas medidas com segurança.


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