O pré-candidato a governador por Goiás, Edgar Diniz (Partido Novo), concedeu entrevista, na manhã desta terça-feira (3), ao jornalista Altair Tavares, no programa Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes. Na ocasião, destacou o atual cenário econômico de Goiás, no qual afirma ter sofrido queda nos últimos anos, em especial, na capacidade de atrair indústrias.
Segundo Diniz, o motivo de seu ingresso na política se dá pelo fato da constatação da necessidade do desenvolvimento econômico à população goiana, agravado especialmente após a chegada da pandemia. “Além de perder pessoas que a gente ama, entramos em uma crise severa que tem roubado do goiano a esperança. Eu tenho andado o estado todo e tenho visto isso na prática. Tenho conversado com goianos que estão há 11 meses sem comprar carne vermelha e isso é real. Pessoas perto da gente”, relatou.
O pré-candidato salientou que, atualmente, Goiás ganha em torno de 15% menos que a média nacional. “O goiano está ficando pobre”, disse. “Nós não temos mais capacidade de atrair indústrias, estamos passando dificuldades”, acrescentou, com a ressalva de que, em 2019, a indústria goiana representava 28,3% da economia estadual. Já hoje, o percentual é de 21%.
Diniz ressaltou, ainda, a dificuldade em atrair grandes empresas em Goiás, com a afirmativa de que o ambiente não é propício, pelo fato de os custos dos impostos estarem altos. “O custo para se produzir em Goiás é um dos mais caros do País. E tem mais um detalhe: não tem energia. Se você for montar uma empresa aqui, você terá que fazer sua linha de transmissão e subestação”, elucidou. “Não temos uma água competitiva, o preço é muito alto. Então, o ambiente não favorece”, ressaltou.
Diante da afirmativa, o político destacou, ainda, que 67% da economia goiana é configurada por comércio e serviço. Além disso, exemplificou a atual situação econômica do nosso estado, em comparação ao de Santa Catarina, que possui 7,3 milhões de habitantes. O número é semelhante ao de Goiás, que possui 7,2 milhões de pessoas. Entretanto, de acordo com Diniz, o Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina, mesmo sem a existência do agronegócio, é 83% maior do que o de Goiás.
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