Na estreia da Copa do Brasil, o Goiás acabou sendo surpreendido pelo Botafogo da Paraíba e viu sua invencibilidade na temporada ir por água abaixo. O esmeraldino perdeu por 2 a 0, no estádio Almeidão, em João Pessoa. O time apresentou muitas dificuldades no jogo e perdeu pela sexta vez na história em estreias na Copa do Brasil. As demais foram contra o Remo, em 1992, Democrata, 1995, Rio Branco, 1997, Moto Clube, 1999, e Ipatinga, 2003.
O jogo
Nos primeiros minutos de partida o Goiás ensaiou uma pressão, mas, motivado pela torcida que compareceu em peso, o Botafogo logo assumiu as ações, principalmente no meio de campo, e passou a assustar o Verdão. A intensidade foi tanta que, após duas tentativas afastadas pela defesa, aos cinco minutos o Botafogo abriu o placar, com Frontini, de cabeça. O atacante ex-Tigrão sumiu mais que a defesa esmeraldina e cabeceou no canto de Renan. 1×0.
O golpe prematuro parece ter assustado ainda mais o Goiás, que continuava dominado tentando segurar o ímpeto do adversário. Porém, o time goiano sofria com o meio de campo improdutivo e, por isso, tinha dificuldade para igualar as ações. Aos 15 minutos, Vitor conseguiu arrancar pela ponta direita e cruzou dentro da grande área. Araújo não chegou na bola e perdeu a jogada.
Com 20 minutos a partida ficou mais pegada no meio de campo. O Verdão tentava pressionar o gol adversário e brigava pela posse de bola na zona intermediária. O time do Goiás passava a jogar mais próximo à grande área do Botafogo procurando uma jogada ofensiva, mas errava demais na troca de passes e nas finalizações. O jogo passou a ficar nervoso, muito disputado, e os jogadores demonstram ânimos exaltados à cada dividida.
Mas, quando o time ensaiava uma reação, o Botafogo tratou de “jogar água na fogueira” do Verdão. Aos 31 minutos, de novo com ele, Frontini, o time da casa aumentou o placar. O experiente Lenílson apareceu livre pela esquerda e bateu cruzado, para o gol. A zaga do Goiás estava mal posicionada e deixou Frontini sozinho na entrada da pequena área. O argentino teve o trabalho de apenas escorar para o fundo do gol. 2×0.
O fim do primeiro tempo continuou no mesmo panorama. O Goiás não conseguia jogar, sentia muita dificuldade com a bola nos pés e deixava o Botafogo tranquilo na partida. O esmeraldino ainda tentou reagir na primeira etapa, com Araújo, aos 42 minutos, porém o atacante desperdiçou, de dentro da pequena área, a melhor chance do time no jogo. Na sequência Lima finalizou de fora da área e Genivaldo fez ótima defesa. Assim, nada foi suficiente para diminuir a vantagem dos donos da casa e o primeiro tempo acabou nos 2×0.
2°Tempo
Na volta para a etapa final, o técnico Claudinei Oliveira demonstrou preocupação com futebol apresentado por sua equipe e decidiu mexer nas suas peças. O treinador mandou a campo o atacante Rychely, que voltava de lesão, para a saída do também atacante Érik. Mesmo após a modificação, o Goiás continuava com dificuldades e, em uma jogada em velocidade pela esquerda, o lateral Lima foi obrigado a fazer uma falta dura, sendo foi amarelado.
O ritmo pegado e acelerado continuou, com ambas equipes imprimindo velocidade nos contra-ataques e movimentando o meio de campo. Porém, pouco finalizavam. Renan foi acionado uma vez pelo ataque botafoguense, enquanto o Goiás chutou apenas para fora da meta. Na marca dos 15 minutos, o treinador esmeraldino mexeu novamente: tirou o camisa 5 Tiago Real para colocar outro atacante, dessa vez, Léo Bonatini.
Com o relógio passando, a necessidade do Goiás em, ao menos, diminuir o prejuízo ficou cada vez maior. Por isso, o time da Serrinha buscava o gol e aos 21 minutos teve boa oportunidade com o Rychely. O atacante recebeu bom passe, infiltrou na grande área, cortou a marcação e bateu para o gol. Genivaldo estava bem posicionado e espalmou, na sequência a zaga cortou.
Aos 28 minutos o Goiás montou uma verdadeira blitz na grande área do Botafogo. Primeiro com Rychely, que aproveitou cruzado da esquerda, mas bateu torto. Araújo pegou a sobra e bateu colocado, mas o zagueiro tirou em cima da Linha e, novamente no rebate, Araújo finalizou, mas a bola subiu e passou por cima do gol de Genivaldo. O Verdão tentava seu primeiro gol na partida, mas esbarrava nas boas defesas do goleiro botafoguense, que segurava o placar.
Três minutos depois o torcedor esmeraldino passou por outro grande susto na partida. O capitão David usou o braço para cortar um cruzamento dentro da grande área e o árbitro da partida, de maneira convicta, assinalou pênalti. Na cobrança, surgiu a estrela de Renan. O camisa 1 esmeraldino defendeu a cobrança de Pio e também o rebote de Warley, livrando o Goiás de um vexame ainda maior.
O Verdão ainda teve alguns momentos de Valentia, principalmente com Rychely e David chutando de fora da área, porém, não conseguiu marcar nenhuma vez e acabou confirmando a derrota por 2 a 0. A poucos minutos do fim, Thiago Mendes fez uma falta dura, tomou amarelo e ainda arrumou confusão entre os jogadores de ambas as equipes. No tumulto, sobrou outro amarelo para Jackson, zagueiro do Goiás.
A confusão continuou na jogada em sequência, quando Zaquel acertou um carrinho criminoso por trás em Carlos Alberto e foi expulso pelo árbitro. O camisa 19 do Goiás não gostou da entrada e tirou satisfações com o volante adversário. No futebol, as equipes não acrescentaram em nada e a partida acabou mesmo nos 2 a 0 para o Botafogo, que agora tem boa vantagem para o jogo de volta.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO-PB 2 X 0 GOIÁS
Local: Estádio Almeidão, em João Pessoa
Data: 02/04/2014
Horário: 19h30
Árbitro: Avelar Rodrigo da Silva (CE)
Assistentes: Ubiratan Bruno e Jean Márcio dos Santos (RN)
Gols: Frontini 5’ 1T (1-0) e 31’ 1T (2-0)
Cartões Amarelos: Lenílson, Genivaldo (Botafogo); Lima, David, Thiago Mendes, Jackson e Carlos Alberto (Goiás)
Cartões Vermelhos: Zaquel (Botafogo)
BOTAFOGO/PB: Genivaldo; Ferreira, André Lima, Magno Alves e Celico; Zaquel, Doda, Pio e Lenílson (Isaías); Frontini (Warley) e Rafael Aidar.
Técnico: Marcelo Villar
GOIÁS: Renan; Vitor, Jackson, Pedro Henrique e Lima; David, Thiago Mendes, Ramon(Carlos Alberto) e Tiago Real (Léo Bonatini); Erik (Rychely) e Araújo
Técnico: Claudinei Oliveira
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