O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) fez um alerta contundente sobre o futuro de Goiás ao celebrar, nesta quarta-feira (10), a saída do Estado do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados e do Distrito Federal (Propag). Apesar do avanço histórico na saúde financeira, o governador afirmou temer que todo o trabalho realizado desde 2019 possa ser rapidamente destruído caso o comando estadual volte a gestores irresponsáveis.
“Tenho um ciúme enorme do que construímos em sete anos. E, para destruir, basta um minuto”, disse. Caiado comparou eventuais retrocessos à ação de pragas capazes de corroer estruturas sólidas. “Se puser de volta em Goiás aquele cupim branco, que rói mais do que o preto… Aquilo é uma desgraça, destrói até concreto. Se voltarem com esse cupim branco para dentro do palácio, ele vai comer tudo o que fizemos em sete anos.”
O governador voltou a destacar o cenário crítico que encontrou ao assumir o Estado, marcado por dívidas bilionárias, obras paralisadas e folhas de pagamento atrasadas após 20 anos de sucateamento. Segundo ele, a entrada no RRF foi decisiva para reverter a crise e retomar investimentos em saúde, segurança, educação, infraestrutura e políticas sociais. “É o primeiro estado a conseguir o equilíbrio fiscal graças às ações e políticas sérias que resgataram Goiás”, comemorou.
Caiado reforçou que Goiás vive hoje seu melhor momento fiscal, com projeção de estabilidade para as próximas décadas. “Você nunca teve um Estado de Goiás com o nível de saúde fiscal que nós temos hoje. E não é apenas agora, mas para os próximos 30 anos”, assegurou. Com o Propag, estima-se um ganho fiscal de R$ 26 bilhões em 30 anos, graças à mudança no indexador da dívida com a União, que deixa de ser a Selic e passa a ser o IPCA com juro real zero, reduzindo volatilidade e custos.
Ao afirmar que “foram sete anos para Goiás finalmente conseguir respirar”, Caiado disse que o Estado não pode correr o risco de voltar à asfixia fiscal. Por isso, defendeu a continuidade administrativa e reiterou confiança no vice-governador Daniel Vilela (MDB), que deverá assumir o comando do Executivo.
“Entrego o governo a Daniel Vilela, pessoa que tive a liberdade de escolher o meu vice-governador. Ele andou comigo quatro anos, para cima e para baixo. Sabe tudo o que acontece, e não é por ouvir dizer, é dentro, participando e compartilhando momentos de alegria e de tristeza”, reforçou.
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