Na mudança do governo de José Eliton Jr (PSDB) para o governador Ronaldo Caiado ( DEM) ficou uma dívida de R$333.871.468,53 não transferida para o cumprimento de 395 convênios entre o governo de Goiás e as prefeituras. De todos os contratos, somente 34,5% do montante total foi efetivamente pago. O impacto negativo apontado pelo levantamento é de 312 obras paradas em todo o estado, segundo Ernesto Roller, secretário da administração iniciada em janeiro de 2019.
“O Goiás na Frente foi uma venda de ilusões. Gerou expectativas com recursos públicos que não existiam para o montante prometido. E, como os repasses não chegaram à grande maioria dos municípios, o que temos são obras paradas, sofrendo a deterioração do tempo e das chuvas”, disse ele, em entrevista nesta segunda, 4.
O relatório divulgado por ele aponta que o Goiás Na Frente, lançado em março de 2017, celebrou mais de R$ 500 milhões em convênios com as prefeituras. Do total dos convênios, 45 sequer foram iniciados.
Agora, cada convênio será analisado, mas com destino indefinido. “A realidade é que o Estado não tem recurso, neste momento, para dar continuidade aos convênios. Não queremos gerar expectativas que vão aumentar ainda mais o problema. Em alguns casos, se município dispuser de verba para concluir a obra iniciada, vamos tentar uma solução jurídica para isso. No caso de convênios que não receberam qualquer repasse, a saída será a rescisão contratual. Os prefeitos vão prestar contas do que foi feito até agora e vamos adotar uma solução definitiva. Ou seja, para é preciso analisar caso a caso”, relatou Roller.
O relatório elaborado pela secretaria de governo (Segov) será remetido ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), atendendo ao pedido da Tomada de Contas feito na semana passada.
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