Os eleitores goianos estão a seis dias de mais uma eleição para governador, em que escolherão entre a continuidade de Ronaldo Caiado (União Brasil) no cargo ou a troca por um nome de oposição.
Nem todos os candidatos nasceram em Goiás. Major Vitor Hugo (PL) e Wolmir Amado (PT), por exemplo, são naturais da Bahia e do Rio Grande do Sul, respectivamente.
Não há, porém, estrangeiros na disputa, apesar de a Constituição Federal permitir que pessoas nascidas em outros países, desde que tenham a cidadania brasileira, concorram a governador.
Em 2018, as eleições do Tocantins, que já foi parte de Goiás, tiveram um estrangeiro: o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), nascido em Barranquilha, na Colômbia. Ele terminou na terceira posição.
Em Goiás, muito tempo atrás, dois estrangeiros governaram o estado: os portugueses Manoel Ignácio de Sampaio, de 1820 a 1822, e Miguel Lino de Morais, de 1827 a 1831.
O primeiro já tinha governado o Ceará antes de desembarcar em terras goianas, às vésperas da Independência do Brasil. Em 1821, foi vítima de uma tentativa de golpe, sem sucesso, por parte de um grupo liderado pelo padre Luís Bartolomeu Marques e pelo capitão Felipe Cardoso.
Em 1827, Miguel Lino de Morais foi nomeado presidente da capitania de Goiás. Ele buscou estimular a economia goiana, especialmente a agropecuária, e contribuiu para a fundação de uma fábrica de tecidos.
Três anos depois, o português tentou transferir a capital do estado para uma outra região, causando a insatisfação da população, em participar de Vila Boa, a atual Cidade de Goiás.
Então, Luís Bartolomeu Marques e Felipe Cardoso, em 1831, articularam mais uma deposição, desta vez bem-sucedida. Coincidentemente, tanto nesse caso como em 1821, a data de início foi 14 de agosto.
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