A crise econômica colaborou para que a Goiás Fomento atingisse em agosto do ano passado um prejuízo de R$ 7,2 milhões. VI. No segundo semestre, alcançou lucro de R$ 7,7 milhões, a agência conseguiu recuperar e terminou 2016 com um salto positivo de R$ 533 mil. De acordo com o presidente da Goiás Fomento, Henrique Tibúrcio, entre os motivos está a inadimplência de pessoas que buscaram empréstimos, mas que por dificuldades, não conseguiam fazer os pagamentos. Mudanças foram feitas para que os números passassem do vermelho para o azul.
Inicialmente algumas medidas foram tomadas como: restrição do empréstimo máximo a R$ 50 mil por um determinado período; Reestruturou a carteira de crédito e negociou com devedores; Instituiu o Comitê Permanente para acompanhar as ações implementadas em relação à cobrança e à inadimplência; Reduziu o quadro de servidores, entre outras medidas administrativas, visando o corte substancial de gastos. Negociou imóveis com dação em pagamento. Adoção de novas formas de acionamento de devedores em atraso. Implantou linhas de renegociação
“Quando nós assumimos a Goiás Fomento, havia no primeiro semestre de 2016 um prejuízo acumulado de R$ 7,2 milhões. Isso devido à crise econômica que se abateu em todo o país. A inadimplência acabou subindo muito. Nós focamos muito na questão da recuperação dos créditos, renegociação de contratos que estavam em atraso. Conseguimos reverter essa situação, zerando este prejuízo até o final do ano e gerando um saldo positivo de R$ 533 mil o que é altamente positivo para a Goiás Fomento, pois as contas estão praticamente regulares, do ponto de vista fiscal e com a possibilidade de investimento muito sólida”, declarou o presidente da Goiás Fomento, Henrique Tibúrcio.
R$ 86 milhões para empréstimos
Segundo a Goiás Fomento se reduziu a inadimplência de 22% (outubro de 2016) para 11,1% neste mês de março. Aumentou o limite das linhas de crédito – hoje vai até R$ 200 mil. Criou a Goiás Fomento Eficiência Energética, linha que pode emprestar até o limite máximo de R$ 200 mil. Microempreendedor individual tem limite máximo financiável de R$ 30 mil. Micro e pequena empresa tem limite máximo financiável de R$ 200 mil. O prazo para pagamento pode ser de até 60 meses, com carência de até 6 meses. Os juros por mês serão de 1,53%.
Para o presidente da Goiás Fomento, Henrique Tibúrcio, as perspectivas são positivas para a sequência do ano de 2017.
“As perspectivas são muito boas. Começamos a perceber uma retomada da atividade econômica, os empresários estão mais animados, estão procurando mais a Goiás Fomento, e ela tem um saldo em caixa muito positivo de R$ 86 milhões, fora aqueles recursos em torno de R$ 150 milhões que estão girando na nossa carteira. À medida em que vão sendo pagos, este dinheiro retorna em forma de financiamento para os empresários”, declarou.
Parcerias com as prefeituras
Henrique Tibúrcio explicou ao Diário de Goiás que outra ação é de ampliar o crédito para o interior do estado. Ele informou que a maior parte da captação é na Região Metropolitana da Capital. Ele declarou que estão sendo firmadas parcerias com as prefeituras no interior goiano.
“Os empresários tem nos procurado sobretudo porque nós estamos levando a cabo um programa de interiorização da Goiás Fomento, ou seja, fazer parcerias com as prefeituras para que elas sejam as divulgadoras das linhas de crédito para as cidades do interior. Hoje grande parte dos tomadores são da região metropolitana de Goiânia. A medida que os empresários do interior vão conhecendo as linhas e as vantagens de procurar a Goiás Fomento, este número tem aumentado. Nós acreditamos que neste ano devemos de ter de 20 a 30%”,afirmou.
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