Durante a IFAT Brasil 2025, encerrada na última sexta-feira (27) em São Paulo, foram apresentados dados atualizados sobre a cobertura de serviços de saneamento básico no Brasil, com base em levantamento do IBGE. As estatísticas revelam o avanço de Goiás na área e reforçam a importância de políticas públicas consistentes para ampliar o acesso à água tratada e à rede de esgoto no país.
De acordo com a pesquisa, Goiás tem uma população de 7,3 milhões de habitantes. Desses, 89,1% contam com acesso à rede de água, índice superior à média nacional, que é de 85%. O destaque maior, no entanto, está na cobertura de esgoto tratado: 60,3% da população goiana é atendida, enquanto a média brasileira é de 52,2%.
Os números colocam Goiás à frente de estados com população e infraestrutura mais consolidadas, como Minas Gerais (43,7%), Rio Grande do Sul (26,6%) e Bahia (48,8%). A diferença é ainda mais acentuada em relação às regiões Norte e Nordeste. No Maranhão, por exemplo, apenas 14,1% da população tem acesso a esgoto tratado; no Pará, esse número cai para 8,3%.
Goiás avança, mas ainda há espaço para crescimento
Apesar do bom desempenho, Goiás ainda não alcança os estados mais bem posicionados no ranking nacional. O Distrito Federal lidera com 82% da população atendida por esgoto tratado, seguido pelo Paraná (75,9%) e São Paulo (71,4%). Esses índices mostram que, embora Goiás esteja no caminho certo, há margem para ampliar a cobertura, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros urbanos.
A pesquisa apresentada durante a IFAT reforça que os investimentos feitos no estado já produzem resultados concretos. Ainda assim, cerca de 40% da população goiana segue sem acesso à rede de esgoto, o que representa um desafio significativo para os próximos anos, tanto do ponto de vista da saúde pública quanto do desenvolvimento sustentável.
Comparativo nacional e perspectiva
A apresentação dos dados na IFAT Brasil evidencia que, em comparação com estados como Alagoas (14,8%), Amazonas (20,2%) e Amapá (14,2%), Goiás apresenta um cenário bastante positivo. No entanto, o exemplo dos estados líderes aponta que é possível ir além. A universalização dos serviços de saneamento é uma meta que exigirá planejamento, investimento e apoio técnico e regulatório dos entes federativos.
A IFAT Brasil, feira internacional voltada à gestão de recursos hídricos, resíduos, energia e mudanças climáticas tem se consolidado como um espaço estratégico para troca de conhecimento e articulação de soluções inovadoras. O destaque dado aos dados do IBGE reafirma o papel da informação técnica e qualificada na formulação de políticas públicas mais eficazes e no estímulo a boas práticas em todo o território nacional.
Confira os dados da pesquisa:
| Estado | População Geral | Acesso à Água (%) | Pessoas com Água | Acesso a Esgoto (%) | Pessoas com Esgoto |
|---|---|---|---|---|---|
| Acre (AC) | 880.631 | 48,0% | 422.703 | 0,7% | 6.164 |
| Alagoas (AL) | 3.220.104 | 77,2% | 2.485.920 | 14,8% | 476.575 |
| Amapá (AP) | 802.837 | 46,9% | 376.531 | 14,2% | 114.003 |
| Amazonas (AM) | 4.281.209 | 81,7% | 3.497.748 | 20,2% | 864.804 |
| Bahia (BA) | 14.850.513 | 80,6% | 11.969.513 | 48,8% | 7.247.050 |
| Ceará (CE) | 9.233.656 | 70,3% | 6.491.260 | 36,6% | 3.379.518 |
| Distrito Federal (DF) | 2.982.818 | 99,0% | 2.952.990 | 82,0% | 2.445.911 |
| Espírito Santo (ES) | 4.102.129 | 83,5% | 3.425.278 | 44,5% | 1.825.447 |
| Goiás (GO) | 7.350.483 | 89,1% | 6.549.280 | 60,3% | 4.432.341 |
| Maranhão (MA) | 7.010.960 | 59,5% | 4.171.521 | 14,1% | 988.545 |
| Mato Grosso (MT) | 3.836.399 | 87,0% | 3.337.667 | 40,9% | 1.569.087 |
| Mato Grosso do Sul (MS) | 2.901.895 | 85,8% | 2.489.826 | 50,1% | 1.453.849 |
| Minas Gerais (MG) | 21.322.691 | 84,2% | 17.953.706 | 43,7% | 9.318.016 |
| Pará (PA) | 8.664.306 | 55,4% | 4.800.026 | 8,3% | 719.137 |
| Paraíba (PB) | 4.145.040 | 77,0% | 3.191.681 | 44,2% | 1.832.108 |
| Paraná (PR) | 11.824.665 | 96,1% | 11.363.503 | 75,9% | 8.974.921 |
| Pernambuco (PE) | 9.539.029 | 89,7% | 8.556.509 | 30,1% | 2.871.248 |
| Piauí (PI) | 3.375.646 | 72,8% | 2.457.470 | 18,8% | 634.621 |
| Rio de Janeiro (RJ) | 17.219.679 | 89,1% | 15.342.734 | 54,8% | 9.436.384 |
| Rio Grande do Norte (RN) | 3.446.071 | 79,7% | 2.746.519 | 29,8% | 1.026.929 |
| Rio Grande do Sul (RS) | 11.229.915 | 88,1% | 9.893.555 | 26,6% | 2.987.157 |
| Rondônia (RO) | 1.746.227 | 56,6% | 988.364 | 9,8% | 171.130 |
| Roraima (RR) | 716.793 | 79,4% | 569.134 | 81,3% | 582.753 |
| Santa Catarina (SC) | 8.058.441 | 89,6% | 7.220.363 | 34,8% | 2.804.337 |
| São Paulo (SP) | 45.973.194 | 95,2% | 43.766.481 | 71,4% | 32.824.861 |
| Sergipe (SE) | 2.291.077 | 91,6% | 2.098.627 | 38,1% | 872.900 |
| Tocantins (TO) | 1.577.342 | 79,4% | 1.252.410 | 32,3% | 509.481 |
| BRASIL | 212.583.750 | 85,0% | 180.696.188 | 52,2% | 110.968.718 |
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