05 de dezembro de 2025
Clima e Meio Ambiente

Goiás enfrenta calor extremo, seca prolongada e alerta máximo para queimadas

A umidade relativa do ar deve cair abaixo de 20% em diversas regiões, configurando nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS)
De acordo com o prognóstico, as temperaturas variam entre 16°C, na região Leste, e 39°C, no Norte e Oeste goianos. (Foto: Carlos Nathan Sampaio).
De acordo com o prognóstico, as temperaturas variam entre 16°C, na região Leste, e 39°C, no Norte e Oeste goianos. (Foto: Carlos Nathan Sampaio).

O Estado de Goiás terá nesta terça-feira (30) um dia marcado por sol forte, calor intenso e baixa umidade relativa do ar, segundo o boletim nº 273/2025 divulgado pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). O órgão alerta para riscos ambientais e à saúde da população, além de destacar a necessidade de prevenção contra queimadas e uso racional da água.

De acordo com o prognóstico, as temperaturas variam entre 16°C, na região Leste, e 39°C, no Norte e Oeste goianos. A amplitude térmica impressiona: até 20°C de diferença entre a madrugada e a tarde.

A umidade relativa do ar deve cair abaixo de 20% em diversas regiões, configurando nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa condição pode agravar problemas respiratórios, especialmente em crianças e idosos.

Seca prolongada

O mês de setembro se consolidou como um dos mais críticos do período de estiagem. Até esta terça-feira, a região Sudoeste já soma cinco dias consecutivos sem chuvas, enquanto as demais áreas do Estado acumulam quatro dias de seca. A falta de precipitação pressiona os mananciais, reduzindo níveis de rios importantes como o Meia Ponte, o Verde (Verdão) e o Paranã, alguns deles já próximos de mínimos históricos.

Risco de queimadas

O boletim destaca que 188 dos 246 municípios goianos estão sob risco crítico de incêndios devido ao chamado “fator 30-30-30”: temperaturas acima de 30°C, umidade abaixo de 30% e ventos moderados a fortes. Essa combinação favorece a propagação rápida do fogo.

Além das áreas urbanas e rurais, unidades de conservação também estão ameaçadas. Entre as que apresentam maior risco estão os Parques Estaduais dos Pirineus, Serra Dourada, Serra de Caldas Novas e Altamiro de Moura Pacheco, além de Áreas de Proteção Ambiental (APAs) como a do Encantado e a do Pouso Alto.

Impactos na saúde e meio ambiente

A qualidade do ar no Estado está classificada como nível regular, exigindo cuidados extras da população. O Cimehgo recomenda evitar atividades físicas ao ar livre nos períodos mais quentes, manter hidratação constante e redobrar a atenção com pessoas vulneráveis.

No campo, a situação é igualmente preocupante: pastagens e áreas agrícolas ficam mais suscetíveis ao fogo, e o déficit hídrico ameaça o abastecimento de água e a produção agropecuária.

Monitoramento dos rios

O levantamento aponta quedas em importantes rios goianos. O Rio Araguaia, em Aruanã e Nova Crixás, registra níveis abaixo da normalidade, chegando a valores mínimos históricos. O Rio Meia Ponte, por sua vez, apresentou alta pontual após chuvas recentes, mas ainda preocupa em Goiânia e Itumbiara. Já o Rio Verde (Verdão), em Paraúna, está no nível mais baixo já registrado para o período.

Prevenção

O Cimehgo reforça que a maioria dos incêndios florestais e urbanos é causada por ação humana e que a conscientização é essencial. A recomendação é evitar queimadas, não descartar lixo em áreas abertas e acionar os bombeiros em caso de focos de fogo.


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