07 de agosto de 2024
Integração

Goiás é primeiro estado a ter acesso a sistemas da Polícia Federal

Acordo inédito é assinado pelo Estado com a PF para troca de informações com foco no combate à lavagem de dinheiro e pedofilia
Foto: Rômulo Carvalho
Foto: Rômulo Carvalho

O Governo de Goiás assinou, nesta segunda-feira (1º), acordo de cooperação técnica com a Polícia Federal. Trata-se, conforme o Poder Executivo estadual, do primeiro Estado a firmar uma integração entre as forças policiais na resolução de crimes e proteção da sociedade.

“Goiás foi o primeiro a firmar esse acordo. Teremos aqui um plano piloto que irá se reproduzir nos demais estados da federação”, celebrou o governador Ronaldo Caiado (UB). A partir de agora as forças de segurança federal e estadual podem desenvolver projetos e ações de interesse comum, oferecer treinamento de recursos humanos, além de desenvolver e compartilhar tecnologias, informações e recursos de informática.

Serão compartilhados, segundo o Governo do Estado, dois sistemas: o ‘Tentáculos’, focado no combate a fraudes bancárias, e o ‘Rapina’, que distribui informações para o combate ao abuso sexual infantil por meio da internet. Segundo Caiado, as fraudes financeiras serão ainda mais dificultadas.

“O sistema Tentáculos vai nos dar novas habilidades para combater fraudes bancárias, a prática de ‘esquentar dinheiro’”, disse o governador. “Estamos fortalecendo a repressão para mostrar para o país que é possível dar tranquilidade para nossos jovens. É inadmissível que crianças sejam expostas”, salientou o gestor.

Para a superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, o acordo feito entre União e Estado de Goiás terá impactos na criminalidade praticada no âmbito físico e virtual, não apenas no Brasil. “É a primeira vez que a PF cede a uma força policial estadual dois bancos de dados que abrangem uma repercussão e amplitude não só local, como internacional”, destacou.

“Considero que essa cooperação vem da confiança mútua. Se as forças de segurança pública de Goiás não tivessem credibilidade, talvez não estaríamos recebendo ferramentas de extrema importância”, observou o secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum. Ele explica que os sistemas terão impacto diretamente no trabalho da Polícia Civil, aumentando a capilaridade das ações.

Para a execução do acordo de cooperação técnica não haverá transferência de recursos financeiros ou doações de bens. Cada corporação responde pelos seus investimentos conforme a capacidade orçamentária.


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