05 de dezembro de 2025
Educação

Goiás é o segundo Estado com maior taxa de alfabetização infantil do Brasil, mostra levantamento do MEC

Entre as capitais com melhor desempenho, estão Goiânia, Fortaleza, Vitória e Belo Horizonte, todas com cerca de 70% das crianças alfabetizadas. Foto: SME.
Entre as capitais com melhor desempenho, estão Goiânia, Fortaleza, Vitória e Belo Horizonte, todas com cerca de 70% das crianças alfabetizadas. Foto: SME.

Goiás se destacou nacionalmente no novo relatório do Ministério da Educação (MEC), divulgado na sexta-feira (11) sobre a alfabetização de crianças no 2º ano do ensino fundamental. Com 72,74% dos alunos considerados alfabetizados, o Estado ocupa a segunda posição no ranking nacional, atrás apenas do Ceará, que lidera com 85,31%.

O dado faz parte da segunda edição do Indicador Criança Alfabetizada, lançado em 2023 pelo MEC com o objetivo de medir anualmente a proporção de crianças que conseguem ler e escrever adequadamente até os sete anos de idade. A média nacional em 2024 foi de 59,2%, abaixo da meta de 60% estipulada pelo próprio governo federal.

Avanços e desafios

Apesar de não alcançar a meta geral, o Brasil apresentou evolução em relação a 2023, quando o índice era de 56%. Dezoito estados melhoraram seus indicadores, enquanto seis apresentaram piora. Goiás, além de manter-se entre os três primeiros colocados, superou amplamente a média nacional e reafirma seu compromisso com políticas educacionais voltadas à alfabetização na idade certa.

Entre os fatores que contribuíram para o não alcance da meta nacional, o MEC apontou as enchentes no Rio Grande do Sul, que derrubaram o desempenho do estado de 63,4% para apenas 44,67%. Caso o RS tivesse mantido os níveis anteriores, o país como um todo teria alcançado o objetivo.

Capitais em destaque

Entre as capitais com melhor desempenho, estão Goiânia, Fortaleza, Vitória e Belo Horizonte, todas com cerca de 70% das crianças alfabetizadas, resultado que reforça a eficiência de políticas públicas integradas entre estados e municípios.

Segundo o MEC, a análise é feita com base em provas aplicadas pelos próprios estados, com padronizações definidas em conjunto com o governo federal. Para considerar uma criança alfabetizada, é necessário que ela atinja pelo menos 743 pontos em avaliações que incluem leitura de textos simples, produção de bilhetes e compreensão de histórias em quadrinhos.

Ranking dos Estados por taxa de alfabetização (2024)

PosiçãoEstado% Crianças Alfabetizadas
Ceará85,31%
Goiás72,74%
Minas Gerais72,07%
Espírito Santo71,69%
Paraná70,42%
Rondônia62,62%
Santa Catarina62,02%
Pernambuco60,79%
Mato Grosso60,59%
10ºPiauí59,82%
11ºMaranhão59,64%
12ºMédia Nacional59,20%
13ºSão Paulo58,13%
14ºParaíba55,96%
15ºMato Grosso do Sul55,87%
16ºRio de Janeiro55,25%
17ºAcre51,38%
18ºTocantins50,07%
19ºAmazonas49,17%
20ºAlagoas48,63%
21ºPará48,02%
22ºAmapá46,62%
23ºRio Grande do Sul44,67%
24ºRio Grande do Norte39,29%
25ºSergipe38,39%
26ºBahia35,96%
Roraima não teve dados divulgados; Acre e Distrito Federal não estabeleceram metas pois não participaram em 2023.

Critérios técnicos e metodologia do Indicador Criança Alfabetizada

A análise do Indicador Criança Alfabetizada, elaborada pelo Ministério da Educação (MEC), utiliza dados coletados a partir de avaliações aplicadas pelas redes estaduais com alunos do 2º ano do ensino fundamental das escolas públicas. Para garantir a comparabilidade entre os estados, o MEC padronizou os instrumentos com a inclusão de questões específicas: 16 de múltipla escolha, 2 de resposta construída e 1 de produção textual.

A criança é considerada alfabetizada quando alcança pontuação mínima de 743 pontos, suficiente para demonstrar habilidades como ler textos simples, escrever bilhetes e convites, compreender tirinhas e histórias em quadrinhos, além de identificar sons e grafias da língua portuguesa.

A edição 2024 do indicador contou com a participação de 2 milhões de estudantes, avaliados em mais de 42 mil escolas de todo o país. Embora a metodologia se baseie em exames estaduais, o MEC afirma que foram aplicadas parametrizações estatísticas para garantir que os resultados sejam tecnicamente comparáveis entre todas as unidades da federação.


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