24 de dezembro de 2025
AJUSTE DAS CONTAS

Goiás é o primeiro estado a aderir ao Propag, afirma Caiado, que estima economia de R$ 28 bi em 30 anos

Ronaldo Caiado anuncia adesão ao Propag, saída do Regime de Recuperação Fiscal e alívio bilionário no orçamento estadual
Governador gravou vídeo celebrando publicação no DOU da adesão ao Propag - Foto: arquivo / Secom Goiás
Governador gravou vídeo celebrando publicação no DOU da adesão ao Propag - Foto: arquivo / Secom Goiás

Goiás é o primeiro estado do país a aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados e do Distrito Federal (Propag), segundo divulgou o governador Ronaldo Caiado (UB). Em vídeo, Caiado informou que a adesão foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (24), com a assinatura do termo que consolida a entrada do Estado no novo programa federal de reestruturação das dívidas com a União.

O governo estima que a alteração das condições financeiras deve resultar em uma economia líquida aproximada de R$ 28 bilhões ao longo de 30 anos, na comparação com o cenário em que o Estado permaneceria submetido às regras anteriores.

“Goiás vai deixar de pagar, ou seja, vai pagar a menos, R$ 28 bilhões de juros e parcela, o que nós vamos investir em saúde, educação, segurança, infraestrutura, melhoria das condições sociais do nosso povo. Tá vendo gente, quando se governa com seriedade, o dinheiro aparece”, ressaltou o governador. E completou: “Conseguimos fazer de Goiás uma referência nacional por essa austeridade com que nós governamos o estado”.

Com a adesão ao Propag, Goiás substitui o modelo anterior de correção da dívida, baseado na taxa Selic, por um novo indexador, calculado pelo IPCA com juro real zero. A mudança reduz a volatilidade do estoque da dívida e torna o custo financeiro mais previsível, ao alinhar a atualização da dívida ao comportamento da inflação.

O novo enquadramento também possibilitou a saída do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que impunha restrições mais rígidas à execução orçamentária.

Outro impacto direto da migração é a redução do serviço anual da dívida, que deve cair de cerca de R$ 2,5 bilhões para aproximadamente R$ 1,4 bilhão por ano, aliviando a pressão sobre o orçamento e ampliando a previsibilidade fiscal.

O Propag também autoriza o uso de ativos financeiros para amortizações extraordinárias, como créditos da dívida ativa, royalties e recebíveis federais, permitindo ao Estado reduzir o estoque da dívida sem alteração das condições financeiras pactuadas.

Mesmo fora do Regime de Recuperação Fiscal, Goiás permanece submetido a mecanismos de controle e acompanhamento da sustentabilidade das contas públicas. O Propag mantém exigências de disciplina fiscal, transparência e cumprimento de regras de limitação de despesas, assegurando a continuidade do equilíbrio orçamentário.

“Reflitam bem e analisem o quanto vale uma mão pesada do governo para cuidar do povo e não deixar que roubem ou desviem dinheiro público”, finalizou ele.


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