Com 99,72% do rebanho bovino e bubalino imunizado, Goiás ficou em 1º lugar a nível nacional na campanha contra a Febre Aftosa. A ação foi realizada entre os dias 1 e 31 de maio. Foram vacinados mais de 21 milhões de animais. O estado é Zona Livre Internacional de Aftosa há 15 anos. O último foco da doença foi registrado há 20 anos, em Santa Bárbara de Goiás.
Arrastão
Os produtores tiveram até o dia 12 de junho para entregar as declarações de vacinação. Os que imunizaram e não declararam pagarão multa de R$ 60. Os pecuaristas que não imunizaram o rebanho serão punidos com o pagamento de uma taxa de R$ 7 por cabeça. Neste caso, técnicos da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) vão até as propriedades acompanhar a vacinação.
De acordo com o presidente da Agrodefesa, Arthur Toledo, com o trabalho da chamada “vacinação assistida” será feita uma espécie de “arrastão” para que um número bem próximo de 100% do rebanho goiano de bovinos e bubalinos seja vacinado.
Reflexos
O estado sendo livre da Febre Aftosa pode trazer benefícios comerciais, já que alguns mercados no exterior ainda têm restrições com a carne brasileira.
“Há 15 anos conquistamos esse status sanitário de área livre da Aftosa. Isso nos permite acessar mercados mais competitivos, exportando carnes para uma série de países”, destaca o presidente Arthur Toledo.
Zona Livre da Aftosa sem vacinação
Goiás é considerado área livre da Febre Aftosa, porém com vacinação. Atualmente, além da campanha realizada em maio, em que todo o rebanho é imunizado, há também uma ação no mês de novembro, em que são vacinados os animais de até 24 meses.
A intenção da Agrodefesa é de realizar futuramente apenas uma vacinação por ano no estado e por fim, mais adiante que Goiás passe a ser uma área livre da Aftosa, sem a necessidade de vacinar o gado. O presidente do órgão projeta um trabalho passo a passo.
“O Brasil será em breve território livre de Aftosa com vacinação, a grande maioria. Este processo de liberar é gradativo. Em novembro temos a outra campanha de vacinação. Precisamos fazer um passo a passo, porque imagine como seria a pressão se Goiás fosse uma ilha neste status de não vacinação, seria uma pressão muito grande. É uma região muito bem vista. A conquista deve ser gradativa, em bloco. Essa é a nossa programação”, explica o presidente da Agrodefesa.
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