A crise no Goiás Esporte Clube não é exclusividade apenas das quatro linhas, onde a equipe esmeraldina realiza sua pior campanha no Campeonato Goiano no século atual. Ela também se estende a realidade financeira da agremiação que atravessa um momento delicado de acordo com comunicado publicado no site oficial.
A pandemia da Covid-19 e atos da administração passada, que teve Marcelo Almeida como presidente, são apontadas como razões para medidas como demissão de funcionários, renegociações de contratos com fornecedores e também a cobrança das mensalidades atrasadas dos associados do clube.
O comunicado destaca que as medidas serão necessárias para sobrevivência e a adaptação da nova realidade financeira do Goiás que pela primeira vez desde 1995 não terá mais o contrato com a Rede Globo para televisionamento dos seus jogos. O Verdão, mesmo nas temporadas que disputou a Série B do Brasileirão, mantinha relação com a emissora, porém com as mudanças na relação televisão e clubes, mudou a regra. Quem hoje não está na elite do futebol nacional, tem apenas o acordo de aproximadamente R$ 7 milhões pelos jogos na segundona.
Comunicado Goiás Esporte Clube
O Goiás Esporte Clube vem, nesta data, comunicar o inicio da implementação de diversas medidas de austeridade no âmbito administrativo/financeiro.
Prevíamos que, neste momento atípico que vivemos, com a pandemia da COVID-19, combinado com atos da gestão passada que não honrou com inúmeros contratos, pagamentos de fornecedores, impostos, salários de atletas e funcionários, excessivo número de colaboradores no Clube e a queda para segunda divisão do Campeonato Brasileiro, teríamos impactos significantes nas finanças e que se faria necessária a implementação de medidas austeras.
A situação do Clube é de extrema gravidade e preocupação!
Nosso orçamento não nos permite mais aventuras descabidas no Futebol, tão pouco uma gestão administrativa/financeira sem planejamento, austeridade, transparência e seriedade.
Diante de tal situação, começamos a atacar diversas frentes, tais como: renegociação de contratos com fornecedores e terceirizados, redução dos custos operacionais diretos e indiretos, redução da frota de veículos, término de serviços deficitários, corte de descontos, gratuidades e cortesias nas escolinhas de futebol e esporte olímpico, cobrança sistemática das mensalidades atrasadas dos associados, renegociação de salários, corte de gratificações, prospecção de novos parceiros comercias e lamentavelmente, desligamento de colaboradores.
Ninguém gosta de desligar funcionários de uma empresa, ainda mais diante do cenário que estamos passando, mas há momentos em que isto é necessário até mesmo para a sobrevivência de uma empresa e também precisamos nos adaptar a nossa nova realidade financeira e de gestão.
Fica aqui nossos agradecimentos a todos os colaboradores pela dedicação, empenho e respeito que tiveram ao Goiás Esporte Clube.
As medidas que estamos implementando deverão nos proporcionar redução imediata em mais de 50% (cinquenta por cento) ao mês nas despesas administrativas do Clube e em breve estaremos colocando em nosso site o “Portal Transparência” para que todos possam acompanhar a real situação do Clube.
É fundamental salientar que as ações ora implementadas, partem da premissa de não prejudicar a performance esportiva do Goiás Esporte Clube, uma vez que essa gestão tem por objetivo principal reconduzir o Clube ao protagonismo no cenário esportivo, conjugado com o equilíbrio financeiro.
Goiânia/GO, 27 de abril de 2021.
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