22 de novembro de 2024
Culinária • atualizado em 03/02/2024 às 14:35

Goiás celebra pela primeira vez neste sábado (3), o Dia Estadual da Pamonha Goiana

Vale lembrar que a cultura da pamonha goiana também é considerada Patrimônio Cultural Imaterial de Goiás pela Lei nº 21.729/22
Em Goiás, a iguaria é tão consumida que é possível comprá-la não só em pamonharias, mas também em supermercados, restaurantes e feiras, por exemplo. (Foto: Reprodução).
Em Goiás, a iguaria é tão consumida que é possível comprá-la não só em pamonharias, mas também em supermercados, restaurantes e feiras, por exemplo. (Foto: Reprodução).

Neste sábado (3), é comemorado o Dia Estadual da Pamonha Goiana. A data está sendo celebrada pela primeira vez no estado e foi instituída pela Lei nº 22.535/23 por iniciativa do deputado Gugu Nader (Agir). Na visão de Gugu Nader, “a pamonha é um dos principais símbolos da culinária goiana, junto com o pequi e o pit-dog, deixando de ser apenas um quitute para fazer parte das características culturais do Estado”.

Em Goiás, a iguaria é tão consumida que é possível comprá-la não só em pamonharias, mas também em supermercados, restaurantes e feiras, por exemplo. E o ato de reunir um grupo de pessoas para fazer e consumir a pamonha tem nome específico: pamonhada, evento que ganha caráter social ao reunir desde famílias até cidades inteiras.

Vale lembrar que a cultura da pamonha goiana também é considerada Patrimônio Cultural Imaterial de Goiás pela Lei nº 21.729/22, de autoria do deputado Coronel Adailton (Solidariedade). ‘‘A pamonhada é costume ainda vivo no interior e já raro nas cidades. O ato de comer, como já provaram os antropólogos, possui uma importante significação social. Reforça os laços em comum e auxilia a preservar a memória coletiva transmitida de pai para filho’’, aponta Adailton.

Origem da pamonha

Conforme o livro “História da Alimentação no Brasil”, de Câmara Cascudo, o nome pamonha é derivado do idioma tupi e significa pegajoso e grudento. A iguaria é resultado de heranças da culinária indígena, mas não há consenso sobre sua localidade exata de origem. Ela é consumida em diferentes regiões do País e cada estado tem sua especificidade na receita. 

Em Goiás, o ingrediente básico é o milho-verde ralado e as preparações variam na quantidade de açúcar e/ou sal, tipo de gordura usada (animal ou vegetal) e outros ingredientes que podem ser ou não incorporados, como queijo, linguiça, coco, pimenta, carne, jiló, entre outros.

Além da receita tradicional, existem as variantes, que são o bolo de pamonha e a pamonha assada. Para o preparo do bolo, são utilizados manteiga, leite, ovos, leite condensado e fermento em pó. A receita é muito popular, principalmente em festas juninas. Já a pamonha assada é feita no forno convencional, ao contrário da tradicional, que é cozinhada.

Segundo dados levantados pela Junta Comercial de Goiás, existem hoje registradas 11.032 pamonharias em todo o estado. Goiânia possui a maioria dos estabelecimentos (3.175), seguidos por Aparecida de Goiânia (827), Anápolis (796), Rio Verde (323) e Águas Lindas de Goiás (284).


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