As dificuldades financeiras foram o principal obstáculo para os goianos fazerem as malas em 2024. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Turismo (PNADC Turismo), divulgada nesta quinta-feira (2) pelo IBGE, 35,3% dos domicílios em Goiás que não viajaram nos últimos três meses anteriores ao levantamento afirmaram não ter dinheiro para custear deslocamentos.
O impacto aparece diretamente nos números. Dos 2,7 milhões de domicílios do Estado, apenas 496 mil (18,1%) registraram ao menos uma viagem no período, o que representa queda de 11,4% em relação a 2023. Ao todo, os moradores goianos realizaram 634 mil viagens em 2024, recuo de 17% na comparação com o ano anterior e abaixo do patamar pré-pandemia, quando foram registradas 727 mil viagens em 2019.
No Brasil, a queda foi bem mais branda: apenas 0,12% no total de deslocamentos, que chegaram a 20,6 milhões.
Motivos e destinos
A maioria das viagens em Goiás teve caráter pessoal (90%), principalmente para visitas a familiares e amigos (38,4%), lazer (29,5%) e tratamentos de saúde (24,4%). As viagens a trabalho representaram 10% do total.
O carro se manteve como o principal meio de transporte, usado em 59,6% das viagens, seguido por avião (13,1%) e ônibus de linha (11,8%). Para hospedagem, quase metade dos goianos optaram por ficar na casa de parentes ou amigos (44,7%).
Apesar do recuo, Goiás segue sendo um destino relevante dentro do turismo nacional: recebeu 741 mil viagens em 2024, figurando como a oitava unidade da Federação mais procurada. O número, no entanto, representa uma queda de 10,7% em relação a 2023.
Gastos
Os goianos que viajaram gastaram, em média, R$ 264 por pessoa com pernoites, valor superior ao registrado em 2023 (R$ 240). No total, o turismo movimentou R$ 906,2 milhões no estado em 2024.
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