O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, marcou para esta quarta-feira (18) o júri popular do goiano extraditado de Portugal, Pedro Victor da Silva Brito, acusado de tentar matar o próprio amigo, Thiago Araújo Ávila, em um campo de futebol da Vila União em fevereiro de 2020. A sessão de julgamento vai acontecer, a partir das 8h30, no Fórum Criminal Desembargador Fenelon Teodoro Reis, no Jardim Goiás, em Goiânia.
De acordo com as informações, o denunciado e a vítima eram amigos há cerca de 11 anos, mas, após Thiago se separar de sua esposa, várias pessoas comentaram que Pedro havia ficado com a mulher em uma festa, motivo pelo qual Thiago enviou mensagens ao acusado, questionando o assunto, que foi negado por Pedro.
Na data do crime, Thiago e Pedro trocaram várias mensagens por meio de aplicativo, quando abordaram o assunto e, em uma destas mensagens, Thiago disse que a ex-mulher dele lhe confirmou que realmente havia ficado com o denunciado na festa. Diante disso, o denunciado propôs encontrar Thiago para conversarem pessoalmente, tendo combinado que o encontraria em um campo de futebol, situado na Vila União. Na hora marcada, Pedro foi ao encontro de Thiago, e, quando estava há aproximadamente dois metros de distância dele pronunciou as palavras: “Você está acreditando naquela vagabunda?”, momento em que sacou uma arma de fogo e desferiu vários tiros contra o amigo.
Conforme o inquérito policial, o denunciado atirou seis vezes em Thiago, que só não morreu porque foi socorrido a tempo e encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia. De acordo com o relatório médico, a vítima teve lesões corporais no braço direito, mão esquerda e outro na região temporal direita, causando a perda da visão do olho direito. Depois de praticar o crime, Pedro fugiu para Portugal, mas foi encontrado pela Interpol e extraditado para o Brasil.
Ao analisar a situação, o Juiz do caso entendeu que se trata de tentativa de homicídio e ressaltou que há indícios de que Pedro Victor pode ter sido o autor do crime, uma vez que uma das testemunhas disse que o denunciado comprou a arma de fogo uma hora antes de cometer o crime, em um site de gambira, pela internet, por R$ 5 mil.
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