12 de setembro de 2024
Cidades

Goianiense dá nota 3,97 para mobilidade da cidade, diz pesquisa divulgada pela Acieg

Presidente da Acieg e Diretor do Grupom em divulgação da pesquisa. Foto: Samuel Straioto
Presidente da Acieg e Diretor do Grupom em divulgação da pesquisa. Foto: Samuel Straioto

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg) encomendou pesquisa junto ao instituto Grupom sobre três aspectos principais: O trânsito da cidade, os melhores horários de compras e o escalonamento de horários no setor de comércio e serviços na cidade. Sobre o trânsito da cidade, os entrevistados deram nota 3,97 para a mobilidade urbana da capital. 391 pessoas foram ouvidas durante os dias 15 de outubro e 5 de novembro.

A partir dos dados da pesquisa, a Acieg quer formalizar uma proposta técnica junto à Prefeitura de Goiânia, a partir dos dados na pesquisa para poder avançar ou não na possibilidade de se promover o escalonamento de horários no setor de comércio e serviços da cidade. A intenção é que a proposta técnica seja finalizada até o final de janeiro ou início de fevereiro.

“Vamos lançar alguns estudos, por exemplo, da Agrovia da Castelo Branco, em que estamos propondo a revitalização dos 17 km da Castelo Branco para ser um dos principais pontos do agronegócio do Brasil. Existe uma grande oportunidade de melhoria neste segmento, neste setor. Há Câmaras Setoriais aqui na Acieg que estão aprofundando os estudos”, destacou Rubens Fileti, presidente da Acieg.

Trânsito

Com nota média de 3,97%, 30% dos entrevistados deram nota baixíssima segundo a pesquisa, 0 ou 1. Outros 30% deram nota 4 ou 5 e um menor percentual avaliou positivamente o trânsito da cidade. O presidente da Acieg, Rubens Fileti, declarou que os dados foram encaminhados ao prefeito Iris Rezende, que recebeu positivamente a pesquisa, mesmo com dados que são preocupantes.

nota transito

Quando o entrevistado foi questionado sobre os responsáveis pela situação atual do trânsito de Goiânia, a prefeitura aparece em 1º lugar com 31%. Neste caso, o impacto das obras pela cidade interferiu na pesquisa, por exemplo, o complexo viário na região da Avenida Deputado Jamel Cecílio, entre o Jardim Goiás e o Setor Pedro Ludovico. Há entrevistados que reclamaram da falta de planejamento do trânsito.

“Toda pesquisa retrata daquele momento, daquela circunstância. As obras que a prefeitura empreende na cidade estão a vapor e isso reflete na pesquisa. Toda e qualquer ação precisa ser observada no tempo e no contexto”, declarou o diretor do Instituto Grupom, Mário Rodrigues Neto.

O 2º item que colabora para a situação atual do trânsito são as empresas de ônibus, na ordem de 23%. Consideração feita pela pesquisa indicar que as empresas são responsabilizadas pela baixa qualidade no transporte público da cidade, que não é considerado atraente o suficiente para as pessoas deixarem o carro em casa.

Motociclistas e Motoristas também têm a parcela de responsabilidade no trânsito. O primeiro grupo na ordem de 17% e o segundo em 16%.

Quanto as situações que impactam negativamente no trânsito, segundo a pesquisa são: em primeiro lugar o horário de funcionamento do comércio, em 32%, seguido de obras da prefeitura: 27%, horário de funcionamento das escolas: 23%, qualidade da infraestrutura: 15%, qualidade do transporte público: 10%.

Melhor horário para ir às compras

De acordo com a pesquisa o melhor dia para ir às compras é o sábado na ordem de 32%. Depois a quarta-feira: 23% Segunda-feira: 14%; Sexta-feira: 12%; Domingo e Terça-feira: 9% e apenas 2% dos entrevistados preferem fazer compras às quintas-feiras.

dia da semana compras

40% dos entrevistados pelo instituto Grupom preferem fazer compras durante o período da Manhã, 39% no período da Tarde e 21% no período noturno. Pela manhã o melhor horário de compras é entre às 8 e 10 horas; À tarde entre as 14 e 15 horas e entre as 16 e 17 horas. À noite entre às 19 e 20 horas.

“A nossa pesquisa foi baseada no comércio de rua. A nossa pesquisa mostra que há uma oportunidade para ampliarmos o horário de atendimento do comércio de rua. A nós cabe mostrar aos comerciantes essa oportunidade”, afirmou o presidente da Acieg, Rubens Fileti.

Proposta de Escalonamento

80% dos entrevistados não tinham conhecimento da proposta. Para o diretor do Instituto Grupom, Mário Rodrigues Neto, 17% das pessoas consultadas já tinham ouvido falar da proposta de escalonamento de horários. Para ele o percentual é alto, levando em consideração que não houve nenhum esforço maciço para divulgação da proposta.

escalonamento

O entrevistado se mostra pessimista quanto à adoção de escalonamento de horário como alternativa para melhor o trânsito. 84% dos consultados não acreditam que a mudança de horários seja a melhor solução e que pode refletir em um melhor fluxo de veículos em ruas e avenidas da cidade.

Quando se aprofunda a discussão, para 57% dos entrevistados nada vai mudar. 25% acreditam que pode sim haver alguma melhora. “Podemos colocar como uma questão do comportamento humano, a proposta ainda não foi debatida e a primeira reação é que a proposta parece inadequada, se o escalonamento for levado à diante, é preciso discutir com a população para que se possa ter maior aceitação da proposta como um todo”, destacou o diretor do Grupom.

Perfil dos entrevistados

52% dos entrevistados são homens e 48% mulheres. 31% tem idade entre 30 e 39 anos. A maior parte dos ouvidos tem Ensino Superior Completo, na ordem de 49%. A maior parte da renda familiar (55%), entre 4 e 10 salários mínimos.

Ausência

Na pesquisa não estavam inclusos alguns fatores que estão presentes no trânsito e que afetam o comércio, por exemplo, o estacionamento, a Área Azul, por meio de talão como ocorre atualmente e ainda a expansão do serviço rotativo de estacionamento, por meio de aplicativos. Já há lei aprovada no Município e está em estudos pela Secretaria Municipal de Trânsito.


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