22 de novembro de 2024
Destaque • atualizado em 19/02/2021 às 11:46

Goiânia terá escalonamento regional para conter avanço da Covid-19

Rogério Cruz se reuniu com secretários e representantes do setor empresarial na manhã desta sexta (19) (Foto: Thyago Humberto/DG)
Rogério Cruz se reuniu com secretários e representantes do setor empresarial na manhã desta sexta (19) (Foto: Thyago Humberto/DG)

Após reunião com empresários na manhã desta sexta-feira (19/10), a equipe técnica da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Goiânia deverá desenvolver um mapa regional de calor para a capital, nos mesmos moldes do que o Governo do Estado apresentou na última quarta-feira (17/02). A regionalização permitirá que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) determine possíveis restrições e flexibilizações de forma regional, de acordo, com a situação específica em setores do município. Uma decisão publicada em decreto no Diário Oficial deverá ser publicada ainda hoje (19).

Quem explicou como funcionará a proposta foi o secretário de Saúde, Durval Pedroso, logo após a reunião que Rogério Cruz teve com os empresários. “A proposta é que agora a parte técnica da Secretaria Municipal de Saúde estará trabalhando para desenvolver o mesmo faseamento do município de Goiânia a fim de que isso seja acompanhado semanalmente e as decisões sejam prontamente tomadas.”

Se adotar, Goiânia seguirá os passos da Secretaria de Estado da Saúde que firmou o mapa de risco e separou Goiás em 18 regiões diferentes. Durval explicou que dessa forma, decisões poderão ser tomadas de forma “direcionada e eficaz”.

“O que nós entendemos é que no mesmo sentido que o Estado fez uma regionalização e um mapa de calor para entender que cada região possui uma característica diferente, Goiânia pelas suas dimensões territoriais e populacionais, também entende ser necessária fazer essa regionalização do município para que se tenha essas mesmas regiões de calor identificadas, para que no momento de necessidade de fechamento maior, seja direcionada e eficaz”, destacou.

O escalonamento regional foi adotado pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia na primeira onda da pandemia e tem sido defendida por empresários da capital. Em entrevista ao Diário de Goiás na noite desta quinta-feira (18/02) o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi defendeu à proposta.

A decisão no entanto será sacramentada apenas na tarde desta sexta-feira (19/02) quando o prefeito se reunirá com o Comitê de Operações Emergenciais para apreciar os estudos técnicos que estão sendo desenvolvidos. “O gabinete de crise foi acionado pelo Prefeito e se reunirá à tarde, para frente às colocações desse Fórum [de empresários], os dados epidemiológico estatísticos e os técnicos das secretarias de Mobilidade, Saúde, Educação e outras afim envolvidas possam estruturar uma proposta frente ao Prefeito para que ele possa decretar de forma adequada”, explicou Durval.

Momento é de risco; medidas restritivas são fundamentais

O titular ainda destacou que o momento ainda é de risco e acentuação nos casos, de forma que são necessárias medidas para conter o avanço da Covid-19. “Não existe situação de tranquilidade”, pontuou. A situação atual “é de alerta”.

“É importante deixar claro que o momento ainda é de risco, mas que estamos operando na faixa de segurança, com muito zelo, trabalho, mas alertar a população que não existe a situação de tranquilidade. Pelo contrário, a pandemia está aí, a segunda onda é forte e presente e é vital que quando tomarmos atitudes de fechamento ou determinadas reduções de tempo ou permanência de pessoas que mais do que no papel elas sejam realidade e possam acontecer.”

Ele ainda reforçou que as medidas restritivas não são tomadas por achismos, mas são importantes para não provocar o colapso no sistema de saúde municipal. “As medidas restritivas são fundamentais neste momento para que o sistema de saúde não colapse. Ele consiga ter tempo de internar e dar alta para as pessoas e que novas pessoas possam ser admitidas de forma cíclica. Isso é fundamental.”

Secretário de Governo defende Goiânia sendo analisada “de forma diferente”

Apesar de Goiânia estar numa região em que os municípios estejam inseridos dentro da “situação crítica”, o secretário de Governo da Prefeitura de Goiânia, Andrey Azeredo defende que a capital seja avaliada de forma “diferente”. “Não podemos ser tratados como outros municípios”.

“Nós ampliamos em mais de 50 leitos nos últimos 50 dias a capacidade de atendimento. Nós temos monitorado e testado a população toda a semana, isso dá a clareza e a certeza de como a doença está evoluindo e isso permite que Goiânia, possa compartilhando com o setor produtivo e com toda a sociedade buscar alternativa que leve a segurança para todas as pessoas mas que também permita que a cidade continue num ritmo específico suas atividades e possamos superar em conjunto esse momento da pandemia”, destacou reforçando que um decreto deverá ser publicado até o final desta sexta-feira (19/02).


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