Com foco principal em tornar a capital uma cidade mais inteligente, Goiânia terá o Sandbox Regulatório. O projeto criará ambientes experimentais para o desenvolvimento de inovações científicas tecnológicas e empreendedoras. O decreto que oficializa a iniciativa já foi assinado pelo prefeito Rogério Cruz e publicado no Diário Oficial do Município na última segunda-feira (26).
A área em que serão desenvolvidos os experimentos ainda não foi definida pelo prefeito, porém, já se sabe que a iniciativa vai reduzir os custos e tempo para validação de produtos, processos e serviços das indústrias goianienses. O grande diferencial do Sandbox, é que poderá ser qualquer local em que pessoas jurídicas farão testes de modelos e estruturas inovadores, por tempo ilimitado.
O chefe do Escritório de Prioridades e Estratégicas (EPE) da Prefeitura de Goiânia, Felipe Alves de Lima, está à frente do projeto e afirma que a iniciativa vai fomentar inovação para o município. De acordo com ele, o Sandbox vai dar mais praticidade ao desenvolvimento de novos negócios.
“A equipe do Escritório de Prioridades Estratégicas trabalha no levantamento de informações técnicas para que o prefeito Rogério Cruz possa definir a melhor ‘área de testes’ para o município. Não pensando apenas na Goiânia do hoje, mas também na Goiânia do amanhã. Afinal, a cidade não é estática, e sim um processo de ressignificação permanente”, diz Felipe Alves.
O projeto se inspira na iniciativa desenvolvida pela cidade de Foz do Iguaçu (PR). O município determinou um bairro para instalar o local de testes, com o nome de Vila A Inteligente. A Vila conta com mecanismos de teste com estações de hidratação com água quente e fria, internet sem fio, torres para carregamento de baterias de celulares, equipamentos de medição de energia de casas e comércios, e semáforos e luminárias inteligentes.
Caberá ao comitê gestor do Sandbox Regulatório, presidido pelo chefe do EPE, autorizar a realização dos testes e determinar a suspensão, quando necessário. De acordo com as pré-determinações, o comitê poderá permitir experimentos em ciclo de seis meses a um ano. As empresas responsáveis pelos testes deverão apresentar relatórios de resultados e orientações de eventuais modificações na lei.
O decreto assinado pelo prefeito de Goiânia ainda determina que os administradores e sócios controladores das empresas que testarão as tecnologias devem seguir os pré-requisitos de não ter sido condenados por crime contra a administração pública, economia popular, sistema financeiro ou por lavagem de dinheiro e ocultação de bens, direitos e valores.
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