07 de agosto de 2024
Goiânia • atualizado em 25/03/2021 às 20:18

Goiânia terá abertura e fechamento de empresas por região a partir de segunda-feira (29)

Durval Pedroso apresenta proposta de escalonamento ao Fórum Empresarial. (Foto: Divulgação)
Durval Pedroso apresenta proposta de escalonamento ao Fórum Empresarial. (Foto: Divulgação)

A reabertura do comércio em Goiânia se dará a partir do escalonamento regional. O formato foi apresentado em reunião do prefeito Rogério Cruz com o Fórum Empresarial nesta quinta-feira (25). Mais cedo, o prefeito já confirmou que haverá flexibilização a partir de segunda-feira (29). O novo decreto ainda será submetido ao comitê de emergência e pode ser divulgado na sexta-feira (26). A medida já havia sido discutida pela Prefeitura da capital em fevereiro e agradava os empresários.

A proposta divide o município em seis regiões. Cada uma delas abriria três vezes na semana e fecharia por quatro dias. Todas permaneceriam com funcionamento proibido aos domingos. O horário de funcionamento do comércio seria das 10h às 17h. Supermercados e congêneres poderão abrir das 9h às 0h.

Os empresários, porém, sugeriram que a prefeitura permita a abertura de todas as regiões aos sábados. “É o melhor dia para o comércio”, explicou o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, em entrevista ao Diário de Goiás.

No modelo, estabelecimentos como shopping centers e galerias ficariam totalmente fechados quando os módulos nos quais estão inseridos estiverem com proibição de fechamento.

Os bares e restaurantes, além de pit dogs e lanchonetes, poderão funcionar das 10h às 22h. Para o delivery, não há restrição de horário.

Os cultos e missas podem ser realizados com 30% de capacidade, dentro do funcionamento dos módulos e aos domingos. As reuniões só podem ocorrer com três horas de intervalo.

As academias abrem com 30% da capacidade e pré-agendamento. Partidas de futebol estão liberadas, seguindo protocolos das federações.

Entre as exceções ao fechamento em módulos estão as atividades de construção civil, que funciona de segunda a sexta-feira, desde que os empresários transportem os operários; drogarias, supermercados e serviços de saúde, que podem abrir todos os dias, independente do escalonamento.

O prefeito Rogério Cruz, após a reunião, disse que vai avaliar sugestões dos empresários e “ajustar dentro do que for possível”.

Cruz também defendeu a rebertura. “Essa flexibilização vem por termos 28 dias de decreto. Nós temos que ser sensíveis a todas as situações. Estamos ainda vivendo o pico, porém estabilizado”. Segundo ele, Goiânia está com casos de contaminação e óbitos pelo coronavírus no pico, mas com números estacionados.

Em entrevista à TV Anhanguera, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) reafirmou que a determinação do governo de Goiás prevalece. “O nosso decreto vai até terça-feira”, disse ele, explicar que a ordem sanitária do Executivo é de fechamento por 14 dias e abertura por 14.

Empresários animados

A reunião durou cerca de uma hora. O Fórum Empresarial apresentou sugestões de ajuste, mas comemorou a flexibilização iminente. Segundo Baiocchi, o escalonamento funcionou em Aparecida de Goiânia.

“É uma experiência que deu certo. Aparecida, fora os 14 dias passados, não fechou nenhum dia. Nós sugerimos que todas as cidades adotassem o mesmo modelo. Lá, no pior momento que estão vivendo, as regiões funcionam três dias. É uma proposta inteligente, o mesmo modelo que Israel adotou e uma forma de manter o comércio funcionando pelo menos metade da semana”, avaliou.

“É um alento podermos voltar às atividades. Sem dúvida esperamos mais, pois a vontade é voltar à normalidade, mas sabemos que o momento não proporciona isso”, completou.

Para o presidente da Fecomércio, as restrições provaram que o setor produtivo não é responsável pela alta do contágio pelo coronavírus.

“O que nós argumentamos e a prefeitura concorda é que, nos 28 dias fechados, não houve diminuição da contaminação e ocupação de leitos. Não somos ambiente de contaminação. Muito pelo contrário. O funcionário nosso que fica em casa acaba saindo, fazendo um churrasco, uma visita. Quando ele está trabalhando, é o inverso. Dentro do nosso ambiente, tem todos os cuidados. Ele volta para casa cansado e dorme. Manter funcionando é mais seguro”, destacou.

Baiocchi ressalta que, para garantir o cumprimento das medidas, são necessárias “consciência do empresário e vigilância da prefeitura”.

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Goiás (Sindilojas-GO) afirmou que apoia a proposta e reforçou o pedido para que o varejo seja autorizado a funcionar durante quatro dias na semana. “É o segmento de maior empregabilidade no município”, destacou o presidente da entidade, Eduardo Gomes dos Santos.


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