22 de novembro de 2024
Preocupante

Goiânia tem 90 mil pessoas em fila de prótese e passa por desmonte da saúde bucal

Dados foram apresentados por entidades do setor da odontologia, durante audiência pública na Comissão de Saúde da Câmara Municipal
Vereadora Kátia (PT), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia, promoveu audiência pública sobre saúde bucal. Foto: divulgação
Vereadora Kátia (PT), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia, promoveu audiência pública sobre saúde bucal. Foto: divulgação

Em audiência pública promovida pela vereadora Kátia (PT) nesta terça-feira (29), para discutir a saúde bucal da população de Goiânia, dados apresentados por entidades do setor da odontologia chamaram atenção. Atualmente, 90 mil pessoas aguardam atendimento de prótese na capital, que passa por um déficit de profissionais dentistas e assistentes. Dessa forma, apenas 32% das demandas são atendidas.

A audiência contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e de entidades ligadas aos odontologistas, como o Sindisaúde, Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO), Sindicato dos Odontologistas, Federação Interestadual de Odontologistas e diretores da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Segundo a vereadora, que é presidente da Comissão de Saúde na Câmara Municipal, a situação em Goiânia no que se refere à saúde bucal é de desmonte. “Infelizmente passamos em Goiânia por um desmonte da saúde bucal. Faltam profissionais, faltam equipamentos, faltam insumos… fazendo com que o atendimento direto à população fique completamente prejudicado”, declarou.

A parlamentar, que assumiu a comissão há seis meses, tem visitado as unidades de saúde da capital e observado uma série de deficiências da área, além de receber diversas demandas da população, através dos canais de comunicação da comissão.

“Todos sabemos da importância da saúde bucal, que é um dos componentes da atenção básica, mas achei que a procura por médicos era muito maior e não é”, completou.

Secretaria de Saúde admite problemas, mas garante que eles serão solucionados

Representando o secretário Durval Pedroso, a diretora de Apoio Assistencial da Secretaria de Saúde, Acássica Spirandelli, confirmou que existem problemas na área.

“Temos realmente estruturas muito precárias e sem manutenção e temos hoje uma empresa que cuida dessa questão predial, mas temos outras 25 unidades que já foram reformadas e temos programas sendo desenvolvidos para atender a população”, disse.

Acássica garantiu que a prefeitura solucionará as deficiências apresentadas. “Vamos levantar esses dados, entender essas necessidades da população e partir, realmente, para algumas tomadas de decisões, de forma planejada e cuidadosa”, garantiu.

Na ocasião, Kátia lembrou que o Governo Federal retomou o Brasil Sorridente – Política Nacional de Saúde Bucal e transformou o programa em uma política de Estado. A vereadora afirmou estar pronta para ajudar a prefeitura a se inscrever e ter acesso às ações e investimentos previstos pelo programa.

“Quero e me disponho a ajudar a prefeitura a buscar essa participação no Brasil Sorridente, mas precisamos fazer a tarefa de casa antes”, disse. “A Prefeitura não tem feito o básico e é preciso atender certos requisitos para fazer parte do Brasil Sorridente”, completou.

Kátia irá transformar as demandas listadas na audiência em requerimentos, os quais serão encaminhados à Secretaria de Saúde para que as providências sejam tomadas.

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