Após o decreto que desobriga o uso de máscara em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontam queda de 86% no número de internações por Covid-19 durante o mês de abril. A SMS constatou o percentual ao comparar números com os apresentados no mês de março, em que foram registradas 56 internações. No mês de abril, foram somente oito, até o dia 28.
Segundo a pasta, os números comprovam que a desobrigação do uso de máscaras não interrompeu o ciclo de queda da doença em Goiânia, que teve início no mês de fevereiro. “Mesmo com o cenário tão positivo, não vamos deixar de cuidar das pessoas e manter os serviços necessários, como testagem e vacinação, disponíveis diariamente à população da capital goiana”, afirma o prefeito Rogério Cruz.
Conforme a planilha de solicitações de leitos das unidades de saúde de Goiânia, a taxa de ocupação de leitos na capital é de 10,77% para leitos de UTI, e 2,22% em leitos de enfermaria. “Temos os menores números desde o início da pandemia. Esse resultado deve ser celebrado”, ressalta Rogério Cruz.
“A queda de todas as notificações relacionadas já mostravam declínio desde o mês de fevereiro, mantida em março e consolidada no mês de abril”, pontua o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso. Ele lembra que no mês de março ainda havia reflexos das contaminações provocadas pela variante Ômicron.
Em números de solicitações diárias de internações para os casos mais graves, o pico registrado no mês de março foi no dia 02, quando a Central de Regulação de Goiânia recebeu sete solicitações, no dia 04 foram seis solicitações. “Daí por diante, quando houve solicitação, foi apenas uma”, explica o técnico de Políticas Públicas da SMS, Sergio Nakamura, ao acrescentar que o pico de solicitação em abril ocorreu no dia 06, com três solicitações. “Todas as quedas foram mantidas, com uma solicitação no dia 28 de abril”, completa.
De acordo com os dados, Goiânia mantém uma média de 140 casos assintomáticos diários confirmados de Covid-19. “Chegamos a registrar mil casos por dia e tivemos, por exemplo, em março de 2021, 1.467 pessoas internadas em Goiânia em razão da doença. Esse foi o nosso pico de internação durante toda a pandemia e, analisando os boletins epidemiológicos, podemos verificar a eficácia da vacinação e um cenário favorável a medidas como a desobrigação do uso de máscaras”, avalia Nakamura. Ele lembra, ainda, que o número de óbitos também teve uma redução importante. “Foram registrados 53 em março e nove em abril”, pontua.
Destinação de leitos
Durante toda a pandemia, muitas ações foram necessárias por parte da Prefeitura de Goiânia, dentre elas, a contratação de novos leitos equipados com respiradores, uma vez que o maior agravamento da Covid-19 é no sistema respiratório dos pacientes.
“Leitos foram contratados, testes foram disponibilizados e ações priorizadas para a prevenção e tratamento da população”, pontua o prefeito Rogério Cruz, ao lembrar que os leitos, até então destinados ao tratamento de Covid-19, estão sendo utilizados para pacientes com outras enfermidades.
Rogério Cruz destaca o Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) que, desde a inauguração, ainda não teve a real funcionalidade efetivada. “Já estamos realizando todos os procedimentos para que a atividade seja realmente ao atendimento às mulheres de Goiânia”, sublinha o prefeito.
Vacinação
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 2.887.571 doses das vacinas contra Covid-19 foram aplicadas, sendo que para primeira dose foram aplicadas 1.215.384 imunizações em Goiânia. Em relação à segunda dose ou a dose única, 1.125.142 foram aplicadas. Dessas, 590.984 são referentes ao primeiro ou segundo reforço. Entre crianças de 05 a 11 anos, 64.970 já receberam a primeira dose, e 25.733 receberam a segunda dose da vacina contra o coronavírus.
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