22 de novembro de 2024
Goiânia

Goiânia libera feira especial exclusiva para motoristas do transporte escolar

Protesto de motoristas na Alego, em maio. (Foto: Reprodução)
Protesto de motoristas na Alego, em maio. (Foto: Reprodução)

A prefeitura de Goiânia autorizou a realização de uma feira semanal para permissionários do transporte escolar da capital. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), são cerca de 50 feirantes atuando no ramo, numa feira que teve início no dia 26 de setembro e será sempre aos sábados, no Cepal Jardim América, das 16h às 22h.

Goiânia é a primeira cidade do país a liberar uma feira especial exclusiva para os motoristas. A categoria vem sofrendo com a paralisação das aulas presenciais, desde março, e busca uma nova fonte de renda.

Segundo o secretário Walison  Moreira, o prefeito Iris Rezende se sensibilizou com a categoria e ofereceu os instrumentos públicos cabíveis para apoiá-los. “Para além do que já foi feito, continuaremos apoiando esses profissionais até que retomem suas atividades normais’, afirma.

Segundo o diretor de desenvolvimento econômico sustentável da Sedetec, Emerson Brito, a feira é provisória e vai poder funcionar por um período de 90 dias. Caso seja bem sucedida, o diretor sinaliza que os motoristas já têm a pretensão de tornar a feira definitiva aos sábados.

“Para que isso aconteça é necessária avaliação de outros órgãos, como da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT) e Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), por exemplo. E eles já estão juntando documentação, inclusive, para que seja regularizada de forma definitiva. Somente após esse trâmite é que será possível emitir a licença”, destaca Emerson.

A permissionária do transporte escolar Maria Oliveira acredita que foi uma boa saída para driblar a crise de 2020, embora não fosse do ramo. “Estou vendendo jantinha e arroz carreteiro. Ainda não dá pra dizer que estamos vendendo bem porque não temos divulgação, mas a feira está nos trazendo uma esperança neste momento de tantas dificuldades’, explica.

Segundo ela, o sentimento da categoria é ainda de impotência por não conseguirem sustentar as suas próprias famílias. “A ideia veio quando não tivemos a ajuda do governo federal, não podendo receber o auxílio. A ideia foi boa e não demorou muito até que a prefeitura nos atendesse. Foi cerca de 15 dias”, enfatiza.


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