Goiânia ganhou nesta quarta-feira (22) um reforço importante na segurança urbana com o lançamento oficial do Programa Cidade Segura, iniciativa do prefeito Sandro Mabel em parceria com a Agência de Regulação de Goiânia (AR) e empresas de telefonia e internet. O programa integra o plano de reordenamento da infraestrutura aérea da capital, com a retirada de fios soltos, irregulares e sem identificação, visando reduzir riscos de acidentes, melhorar a estética urbana e proporcionar mais segurança aos goianienses.
“Desde que nós saímos da campanha, ou até antes disso, nós víamos aqueles fios caídos. Eu falava, um dia que eu virar prefeito, eu vou dar um jeito nesses fios. Nós fizemos todo um planejamento agora, nesse começo do ano, tentamos fazer que as companhias entrassem, aplicamos trezentas e tantas multas, mais de 20 milhões de reais de multa, mas o pessoal não deu bola para as multas, não”, afirmou Mabel durante a coletiva de lançamento.
Segundo o prefeito, a abordagem agora será mais rigorosa e organizada, com múltiplas equipes atuando simultaneamente em diferentes bairros. “Não serão duas equipes, serão muitas equipes. Vamos fazer os bairros, não será feito por bairro, será feito nos primeiros 90 dias, nas ruas principais, nas avenidas principais de todos os bairros. Cada operador vai cuidar do seu setor, e quem estiver em múltiplos setores também vai estar ajudando”, detalhou.
O programa também prevê um sistema de denúncias pelo aplicativo da Agência de Regulação, permitindo que a população colabore com a fiscalização. Mabel destacou que a ação emergencial já foi iniciada em áreas estratégicas: “Entramos com 20 equipes lá na 24 de Outubro, limpamos a 24 de Outubro, hoje, se você passar lá, já está limpo. Amanhã cedo, vamos entrar na 85. Depois, simultaneamente, em muitos bairros, teremos a cidade inteira fazendo esse reordenamento”.
Além da estética urbana, o prefeito ressaltou o impacto direto na segurança: “Todo mundo que entra, entra porque o outro não entra. Agora nós pegamos todos e eles estão à disposição de colaborar, inclusive a Anatel e nossa AR também entraram. Eles estavam desconfortáveis com acidentes: um perde o dedo, outro perde o pescoço, outro cai da moto. Isso é muito sério e está se agravando”, explicou.
O controle e a identificação dos fios serão obrigatórios. “As empresas têm que ser cadastradas junto à Prefeitura, junto à Equatorial, que é a dona dos postes, e não podem se pendurar com fios que não estejam identificados. Se pegarmos fios sem identificação, é para tirar. E eu tenho falado sempre: não compre internet de companhia clandestina, você vai ficar sem serviço. Nós vamos pegar firme nisso”, reforçou o prefeito.
Mabel também destacou que a iniciativa vai reduzir os custos com acidentes na saúde pública e prevenir óbitos. “Não temos exatamente o custo, mas ele não deixa de ser alto. Já tivemos casos de pessoas que foram a óbito por causa desses fios, crianças que pegaram no pescoço, motociclistas caindo. É impraticável. Goiânia passa a tomar uma providência enquanto outras cidades ainda não”, disse.
O prefeito avisou que medidas legais serão aplicadas contra empresas que descumprirem as normas. “Nós emitimos mais de 370 multas, 20 milhões de reais, mas não adiantou. Não basta aplicar multa, temos que bloquear a operação dessas pessoas. Quem não cumprir, não vai poder atuar em Goiânia”, afirmou.
O Programa Cidade Segura representa, segundo Mabel, um passo importante para a modernização e organização urbana da capital, garantindo que fios soltos não representem riscos à população. “Acredito que vamos ter a nossa cidade limpa de forma contínua. Porque não dá só limpar e depois o pessoal vai colocando fio de novo. As companhias têm que colocar fio, tirar os que não têm dono, e dar continuidade na limpeza”, concluiu o prefeito.
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