Foi lançada nesta sexta-feira (15) a primeira Política Municipal de Prevenção e Combate ao Fogo e Conservação da Biodiversidade em Parques e Áreas Públicas de Goiânia. A iniciativa envolve um plano de ação prevendo a expansão de brigadas para prevenir focos de incêndio, comuns nestas áreas protegidas durante a temporada seca, além da utilização do aplicativo Monitor de Queimadas, junto com um Sistema Municipal de Informações sobre Incêndios para agilizar o combate.
A solenidade foi realizada em uma das 70 unidades de conservação goianienses, o Jardim Botânico, com a presença do prefeito Sandro Mabel (UB) e da presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Zilma Peixoto, e várias autoridades do meio ambiente e segurança.
Prefeito Sandro Mabel alerta sobre gravidade da situação
O prefeito destacou que o plano foi criado devido ao aumento de focos de incêndio durante o período de seca. Mabel frisou ainda que algumas medidas de prevenção e combate a incêndios florestais urbanos chegam com atraso diante da recorrência da destruição de parques e outras áreas verdes registrada todos os anos na capital.
“Quando a gente sobrevoa o Parque [Estadual] Altamiro de Moura Pacheco [saída para Anápolis], vê que ele está totalmente destruído, então precisamos de ação rápida, com junção de esforços” – Sandro Mabel

Ele defendeu integração entre os órgãos para ter uma ação sempre rápida e citou outro exemplo, recente, de fogo em uma área vizinha ao aterro sanitário de Goiânia que representava perigo, mas que foi combatido com rapidez pelo Corpo de Bombeiros. “Se um aterro desses pega fogo, fica queimando muito tempo”, enfatizou.
Entre as estratégias, explicou também Zilma Peixoto, está a expansão de brigadas florestais para todos os parques da cidade. Essas brigadas já contam, segundo ela, com um corpo operacional da agência, “que conhece muito as áreas e que atuará alinhado com os outros órgãos”.
No Jardim Botânico, onde o bosque frequentemente queima, ficará estacionado permanentemente um caminhão pipa que também poderá ser deslocado para outras unidades em situações de emergência.
Prefeitura reforça importância da atuação da GCM e da população
“Um parque, se você deixar queimar, ele demora muitos anos para se recuperar. Nós precisamos ter condições de ações rápidas. E essa junção de esforços, com equipamentos próprios, com equipes treinadas e tudo mais, fazem com que nós possamos tomar providência. É importante destacar que a GCM também trabalha para identificar quem comete o incêndio criminoso, e é importante reforçar com a população que o fogo não é o melhor instrumento para se fazer a limpeza”, reforçou o prefeito.
App Monitor de Queimadas do Cimehgo será aliado no combate ao fogo
Na oportunidade foi divulgado o Plano de Ação de Combate às Queimadas, elaborado pelo Gabinete de Crise, formado por órgãos da prefeitura e do Estado, como a Amma, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e o aplicativo Monitor de Queimadas do Centro de Informações Meteorológicas e Ambientais de Goiás (Cimehgo).
O aplicativo criado pelo Cimehgo permite que a população possa informar aos órgãos responsáveis, em tempo real, sobre a ocorrência de incêndios. A ferramenta será crucial para o mapeamento do cenário ajudando os envolvidos na prevenção e no combate ao fogo urbano.

Zilma Peixoto reforça que a participação da população é importante nesse processo.
“A gente vai trabalhar muito forte na questão da prevenção. Esse plano vai trazer para todos nós a segurança de proteção ao nosso meio ambiente tão importante para uma cidade que é considerada hoje a segunda mais arborizada do Brasil. Mas nós queremos buscar o título de primeiro lugar”, afirmou.
Segundo ela, a expectativa da atual gestão é de que cerca de 120 mil árvores sejam plantadas ao longo dos quatro anos.
Marco histórico
A presidente da AMMA disse que Goiânia nunca teve medidas integradas em um plano e uma política de prevenção ao incêndio de suas áreas verdes. Na mesma linha, o coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil, Robledo Mendonça, disse que a medida é um marco histórico para a cidade.
Presente o evento, a delegada-adjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Lara Menezes Melo Oliveira, salientou que o plano contribui com a manutenção da qualidade de vida e preservação ambiental da cidade, mas alertou que o uso irregular de fogo impõe responsabilização criminal. “Para cada situação de uso irregular, nós temos uma penalidade, uma lei que faz esse combate”.
Incidência assustadora
O representante do Corpo de Bombeiros, Coronel Carlos, apontou que cerca de 70% dos focos de incêndios em vegetação no período de seca em Goiás são urbanos. Por causa disso, elogiou a iniciativa da gestão.
Leia mais sobre: Agência Municipal do Meio Ambiente / Corpo de Bombeiros / Incêndios urbanos / Queimada nos parques / Sandro Mabel / Cidades / Goiânia / Meio Ambiente

