05 de dezembro de 2025
Transporte • atualizado em 15/09/2025 às 20:08

Goiânia investe R$ 232 milhões para modernizar transporte coletivo e manter tarifa congelada há seis anos

Capital arca com 41,2% do subsídio total do transporte público da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), o mesmo porcentual do governo do Estado
Atualmente, o sistema opera com 1,2 mil veículos padrão Euro VI, utilizados nas linhas alimentadoras. Foto: RMTC.
Atualmente, o sistema opera com 1,2 mil veículos padrão Euro VI, utilizados nas linhas alimentadoras. Foto: RMTC.

A Prefeitura de Goiânia tem intensificado os investimentos no transporte coletivo da capital, garantindo mais conforto e eficiência aos usuários. Somente em 2025, já foram destinados R$ 232 milhões à Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), valor que inclui o pagamento de cerca de R$ 69 milhões em parcelas atrasadas da gestão anterior.

A capital arca com 41,2% do subsídio total do transporte público da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), o mesmo porcentual do governo do Estado. O restante é financiado por outros municípios da região.

Graças ao subsídio, o preço da passagem se mantém em R$ 4,30 desde 2019, mesmo diante de sucessivos aumentos de custos. Sem o aporte público, o valor real do bilhete seria de R$ 12,51. Goiânia é hoje a única capital do país que não reajusta a tarifa há seis anos.

Novos ônibus e sustentabilidade

O investimento também tem renovado a frota. Atualmente, o sistema opera com 1,2 mil veículos padrão Euro VI, utilizados nas linhas alimentadoras, e a previsão é incorporar outros 300 ônibus até o final de 2026. Os veículos utilizam diesel, eletricidade e biometano, combustível que gera economia e reduz a emissão de poluentes, alinhando a capital às metas globais de sustentabilidade.

Outro marco será a chegada dos ônibus biarticulados 100% elétricos, fabricados pela Volvo. Os primeiros cinco veículos, com 28 metros de comprimento, devem começar a circular ainda neste ano, tornando Goiânia a primeira cidade do Brasil a operar regularmente esse tipo de frota.

Estrutura e modernização de terminais

Entre as principais obras, está a reconstrução das 19 plataformas do BRT Leste-Oeste, que agora contam com painéis de horários, catracas modernas e sistemas informatizados.

O Terminal Novo Mundo passou por completa reestruturação. A área de embarque e desembarque cresceu de 5,3 mil para 6,4 mil m², e o espaço ganhou estacionamento para 35 ônibus, além de catracas inteligentes anti-evasão, acessibilidade plena com rampas, piso tátil e comunicação em braile. Também foram instaladas 36 câmeras de videomonitoramento, iluminação em LED, painéis informativos e um Centro Comercial Popular para até 84 permissionários.

Outros quatro terminais seguem em obras. O da Praça da Bíblia já está em fase final de acabamento e deverá ser entregue em breve.

BRT Norte-Sul e metronização

O BRT Norte-Sul tem reduzido o tempo de viagem com faixas exclusivas e plataformas modernas, oferecendo mais segurança e conforto. Outro avanço é a metronização, sistema que utiliza inteligência artificial para ajustar semáforos em tempo real, garantindo maior fluidez aos ônibus.

Segundo o prefeito, a medida já está em funcionamento em trechos estratégicos, como entre os terminais Novo Mundo-Praça da Bíblia e Isidória-Praça Cívica.

“O objetivo é fazer com que o transporte coletivo comande o trânsito. Isso faz com que o ônibus ganhe 30% a 40% a mais de velocidade”, destacou. A meta da gestão é implantar a tecnologia em 240 quilômetros de vias.

Conforto nos pontos de parada

Além dos terminais, os abrigos de ônibus também estão recebendo melhorias, com reformas, limpeza, manutenção e padronização da sinalização. Onde não é possível instalar cobertura, placas de identificação acessíveis estão sendo colocadas para orientar os passageiros.

Medidas como a criação de terceira faixa compartilhada com motos, onda verde em semáforos, liberação de “direita livre” em mais de 80 cruzamentos e a retirada de obstáculos em vias têm complementado as ações para garantir maior eficiência ao transporte coletivo.


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