Em Goiânia, o fim do primeiro semestre de 2025 registrou uma queda no preço dos imóveis residenciais, conforme monitoramento especializado do Índice FipeZap. De 22 capitais brasileiras analisadas, a goiana foi a que registrou queda e fechou o semestre com variação negativa de -0,40%.
A variação mais baixa foi registrada no último trimestre: abril com -0,57%, maio registrando -0,39%, e junho com -0,24%; contra alta do início do ano para +0,08% em janeiro, +0,40% em fevereiro e +0,09% em março.
Com isso, enquanto o primeiro semestre de 2025 chegou a uma variação negativa acumulada de -0,64% no preço dos imóveis residenciais em Goiânia – sinalizando preços mais baixos aos compradores -, 2024 havia fechado com variação positiva de +5,35% registrada nos 12 meses, representando melhor margem para os vendedores naquele ano.
Em termos comparativos, Aracaju (SE), viveu um semestre de oscilação nos preços dos imóveis para moradia. A capital sergipana iniciou o ano com queda: -25% em janeiro, chegou a -0,82% em fevereiro, mas recuperou em março (+0,13%), estabilizou entre abril e maio (+1,00% e +0,00%), e voltou a cair em junho. Entretanto, a queda de preços em Aracaju foi para apenas -0,04, fechando o semestre com preços em alta de +0,02%.
Preços subiram acima da inflação nas outras cidades
Nacionalmente, o levantamento apontou que os preços das moradias subiram acima da inflação, ficando em média 3,33% nas 56 cidades monitoradas pelo FipeZap.
Das capitais pesquisadas, em primeiro lugar ficou Vitória, com alta de 11,88%, seguida por Salvador e João Pessoa.
Já a turística Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, registrou o metro quadrado residencial mais caro do país: quase R$ 15 mil, preço bem acima do metro quadrado residencial de São Paulo (cerca de R$ 11,5 mil) e do Rio de Janeiro (em torno de R$ 10 mil).
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Economistas especializados no mercado imobiliário reforçam que além dos preços dos imóveis residenciais terem subido acima da inflação, os financiamentos estão mais caros por causa dos juros mais altos.
Ouvida pelo portal G1, Ana Maria Castelo, pesquisadora FGV IBRE, destaca que fatores como demanda, perfis de imóveis e de compradores, até condições regulatórias, como planos diretores municipais, interferem na flutuação dos preços.
“Tudo isso influencia essa dinâmica local. Se você não tem o recurso para comprar à vista, você vai financiar, e o custo desse financiamento está se elevando. Então, além do preço mais elevado do imóvel, você tem condições de financiamento também que estão piores. O crédito está mais alto, o custo do crédito mais alto”, explica ela.
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