10 de agosto de 2024
Cidades

Goiânia está entre as primeiras cidades que receberão programa de enfrentamento a criminalidade

(Foto: Prefeitura de Goiânia)
(Foto: Prefeitura de Goiânia)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou na manhã desta quarta-feira (15/05) as cinco primeiras cidades que integrarão o projeto-piloto do Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta. Goiânia será um dos primeiros municípios que encabeçaram o programa do Governo Federal junto com outras quatro cidades. O projeto, que pretende reduzir os crimes violentos nas cidades com maiores índices de homicídios, será implementado também em Ananindeua (PA), Paulista (PE), Cariacica (ES) e São José dos Pinhais (PR). O anúncio foi feito após o ministro se reunir com representantes dos estados, dos municípios e com integrantes da força tarefa que atuaram no projeto.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) comemorou o anúncio. “Goiás tem uma honra enorme em poder receber esse projeto piloto. Hoje a Polícia Militar de Goiás é referência nacional. O processo que implantamos tem dado resultados concretos, seja no operacional, na inteligência, no georreferenciamento”, afirmou.

O ministro explicou os critérios que definiram as escolhas das cidades que receberão o programa-teste que em breve deverá ser adotado em mais cidades. “Foram escolhidos cinco municípios. O critério principal adotado foram os altos índices de crimes violentos, no caso, assassinatos nesses municípios, aliados a outros fatores específicos relacionados especialmente à questão de ser um projeto-piloto. Portanto, trata-se ainda de uma experiência em desenvolvimento. Se bem-sucedido, o projeto será expandido a outros municípios”, explicou o ministro.

Ananindeua apresentou, em 2017, uma taxa de homicídio de 68,20 mortes por 100 mil habitantes. Em Goiânia, no mesmo ano, esse índice estava em 33,62, enquanto em Paulista, estava em 47,40 homicídios por 100 mil pessoas. Em São José dos Pinhais, estava em 40,18; e em Cariacica, 42,35.

Segundo Moro, as negociações com estados e municípios visam o planejamento de ações conjugadas dos agentes públicos federais (polícias Federal e Rodoviária Federal, além da Força Nacional), estaduais (por meio das polícias civil e militar), e municipais (polícias municipais).

“Paralelamente, além das ações dos agentes de segurança, serão realizadas ações políticas de outra natureza, no caso, urbanísticas, sociais, de educação e saúde. Tudo focalizado na diminuição da violência”, disse o ministro.

Segundo ele, não há como apresentar metas nem fazer prognósticos sobre os resultados pretendidos pelo governo com o programa. “Essa questão do mundo do crime é algo que não pode ter um prognóstico absoluto. Serão realizadas medidas tendentes a diminuir de forma significativa essa criminalidade. É impossível fazer prognóstico de quanto essa criminalidade será diminuída”.

Perguntado sobre se essas ações visando a diminuição do número de homicídios não poderiam ser prejudicadas pela política de facilitação do acesso às armas, defendida pelo próprio governo, Moro disse que “não é possível fazer uma correlação tão clara entre uma coisa e outra”.

“[Facilitar o acesso a armas] foi uma promessa de campanha do presidente, atendendo compreensão de que havia o desejo de parte da população em ter o acesso facilitado à armas de fogo”, disse o ministro.


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