04 de dezembro de 2025
CRISE NOS CONTRATOS • atualizado em 29/11/2025 às 16:56

Goiânia enfrenta suspensão temporária de radares devido a dívidas com consórcio

Atraso de mais de R$ 7,8 milhões levou à suspensão temporária dos radares, restabelecidos após emissão de ordens de pagamento pela SET
Prefeitura garante que fiscalização eletrônica segue funcionando normalmente, apesar dos atrasos nos repasses. Foto: Divulgação/ Prefeitura de Goiânia.
Prefeitura garante que fiscalização eletrônica segue funcionando normalmente, apesar dos atrasos nos repasses. Foto: Divulgação/ Prefeitura de Goiânia.

Os serviços de fiscalização eletrônica de trânsito de Goiânia, que incluem radares de velocidade e câmeras de videomonitoramento chegaram a ser suspensos na sexta-feira (28) pelo Consórcio Anhanguera Segurança, responsável por parte da operação. A interrupção ocorreu devido à falta de pagamento por parte da Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET), que acumulava débitos referentes aos meses de junho a setembro de 2025, somando mais de R$ 7,8 milhões.

Na manhã deste sábado (29), no entanto, o consórcio voltou atrás e restabeleceu integralmente o funcionamento dos equipamentos após a SET emitir ordens de pagamento. Em nota, a empresa afirmou que a decisão também se deu “em deferência à responsabilidade social e à proteção da vida nas vias públicas”.

A pasta municipal confirmou que os pagamentos pendentes serão realizados na próxima semana e garantiu que “não há qualquer impacto na continuidade da fiscalização eletrônica”. O Centro de Controle Operacional (CCO), inaugurado pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil) em março deste ano, centraliza o monitoramento do trânsito com integração de câmeras e radares ao banco de dados das forças de segurança.

Além da Anhanguera Segurança, o Consórcio Fiscaliza Gyn, que também atua no CCO enfrenta atrasos no recebimento de R$ 3,5 milhões referentes ao período entre junho e outubro de 2025, conforme revelado pela coluna Giro, do O Popular. A empresa, porém, informou que a prefeitura liberou na quarta-feira (26) a emissão das notas fiscais que estavam pendentes e, por isso, não há intenção de suspender os serviços.

Segundo ofício encaminhado à SET, a Anhanguera Segurança notificou extrajudicialmente o município sobre o atraso superior a dois meses, condição que, de acordo com a Lei nº 14.133/2021, permitiria a suspensão das obrigações contratuais até a regularização dos pagamentos.

Com a promessa de quitação das parcelas, ambas as empresas seguem prestando os serviços normalmente. A SET reforça que o monitoramento eletrônico permanece operando sem prejuízos à segurança viária na capital.

Nota do Consórcio Anhanguera Segurança

“O Consórcio Anhanguera Segurança informa que, motivado pela emissão das Ordens de Pagamento por parte da Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito e, sobretudo, em deferência à responsabilidade social e à proteção da vida nas vias públicas, os serviços de fiscalização eletrônica encontram-se em plena operação.

Reiteramos nossa confiança no compromisso da administração municipal em regularizar as parcelas pendentes ao longo desta semana. A continuidade dos serviços será mantida sem qualquer prejuízo à fiscalização e à segurança do trânsito em Goiânia.”

Atenciosamente,
Consórcio Anhanguera Segurança

Nota da Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET)

“A Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) informa que mantém diálogo permanente com os consórcios responsáveis pela fiscalização eletrônica na capital e que o pagamento dos serviços referente aos meses pendentes já foi alinhado para a próxima semana, dentro dos prazos e das etapas administrativas necessárias.

A SET reforça que não há qualquer impacto na continuidade da fiscalização eletrônica.”

Nota do Consórcio Fiscaliza Gyn

“O Consórcio Fiscaliza Gyn, no dia 26, obteve junto à Prefeitura de Goiânia a liberação para emissão das notas fiscais que estavam pendentes. Diante da eminência de regularização dos pagamentos, esclarece que não há, neste momento, intenção ou medida por parte do Consórcio de suspender a prestação dos serviços.”


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