Durante a sessão de Prestação de Contas da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), nesta terça-feira (27), na Câmara Municipal, a vereadora Kátia (PT) disse que os valores de investimentos do Goiânia Adiante, de R$ 1,7 bilhão, são “falsos”. O programa é apresentado pela Prefeitura de Goiânia como “o maior pacote de ações da história”.
A afirmação ocorreu quando a vereadora questionou o secretário Vinícius Alves sobre “o que desses R$ 1,7 bilhão é superávit e o que é previsão orçamentária?” O titular da Sefin respondeu explicando que o montante é formado pelos dois.
“Nós fechamos o ano de 2022 com R$ 882 milhões em caixa, advindos do superávit de 2022 e do acumulado de anos anteriores”, declarou Vinicius Alves. “Com isso, para 2023 está previsto, para investimentos, R$ 461 milhões. E para 2024, estamos prevendo aí algo na ordem de R$ 500 milhões. Então, não é que temos R$ 1,7 bilhão lá guardado. É uma soma que vão desde as nossas reservas com a arrecadação deste ano e as arrecadações do ano que vem”, pontuou o secretário.
Os dois valores somados chegam a R$ 961 milhões. Dessa forma, ainda faltariam R$ 739 milhões para chegar ao valor divulgado. Kátia argumenta que a prefeitura passou “uma falsa sensação, inclusive na base do prefeito, de que tinha R$ 1 bilhão e 700 milhões para investimentos, quando na verdade é bem menos considerando ainda uma previsão para o ano que vem”.
De acordo com a vereadora, a Secretaria de Finanças também tem a obrigação de medir se cada secretaria está executando as metas estabelecidas no Plano Plurianual (PPA) e na Lei Orçamentária Anual (LOA).
“E eu percebo com muita clareza que isso não está sendo executado. E coloco um exemplo claro aqui: o piso da enfermagem, dos agentes, data base… então, está tirando dinheiro par fazer obra enquanto não está cumprindo a legislação para fazer o pagamento do piso e da data base que é obrigatório”, ponderou Kátia.
A reportagem do Diário de Goiás tentou contato e aguarda o posicionamento da Secretaria de Finanças.
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