O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a criticar o ex-juiz Sergio Moro e defendeu o fim da Operação Lava Jato, à qual disse que promoveu um “descolamento institucional”.
Segundo Mendes, Moro era o “chefe” da força-tarefa que investigou escândalos de desvios na Petrobras e corrupção durante os governos petistas.
O ministro afirmou que a operação teve méritos no combate à corrupção, mas citou os episódios da Vaza Jato e argumentou que o ex-juiz tomava parte nas investigações. “Quem é o chefe da Lava Jato, segundo os diálogos vazados? É o Moro, a quem chamam de russo. Dizem que seguem código penal da Rússia. É um descolamento institucional. Por isso talvez essa importância de regresso ao Brasil. Talvez tenham que reestabelecer relações institucionais via Gaeco”, disse em entrevista à CNN Brasil.
Para Gilmar, a Lava Jato deveria ser incluída no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Essa seria, segundo o ministro, a solução para o “descolamento institucional” da operação.
“Todos os fatos revelados indicam que a Lava Jato estava em outra estratosfera, sequer pertencia à Procuradoria-Geral da República. Você não via ninguém ali. Não via presença de um corregedor”, completou.
O ministro do STF também afirmou que os agentes públicos da Lava Jato eram “transgressores da lei”, o que “é grave e lamentável”, segundo ele. “Um colega de vocês (jornalistas) escreveu que a Lava Jato não morreu, foi assassinada. Eu diria que ela cometeu suicídio.”
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