Foragido da polícia, o ex-secretário de saúde de Goiânia, Wilson Pollara, teve sua gestão à frente da pasta marcada por diversas irregularidades. Segundo reportagem publicada pelo jornal O Popular, nesta terça-feira (24), ao menos seis tentativas de contratos foram barradas pela Justiça.
A publicação frisa que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tentou firmar convênios milionários para a prestação de serviços diversos, promover credenciamento de empresas que forneceriam médicos para a rede, além de contratar serviços.
No último dia 17, a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) realizou a operação Speedy Cash, que investigou o desvio de recursos públicos da área, na capital, com o cumprimento de cinco mandatos de prisão e 17 de busca e apreensão.
Segundo a polícia, o crime era praticado por meio de fraude em convênio celebrado entre a Secretaria Municipal de Saúde e uma empresa responsável pela prestação de serviços, com prejuízo de cerca de R$ 10 milhões.
O contrato, assinado em agosto, seria para a realização de palestras, cursos de capacitação e atendimentos de saúde em unidades móveis. O convênio foi suspenso pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO)
No mesmo mês, Pollara teria firmado outro convênio, no valor de R$ 15 milhões, para consultas e exames médicos diversos em unidades móveis de atendimento. Em setembro, foi exposta em reportagem do Popular a realização de atendimentos em unidade móvel, sem licença sanitária. O contrato também foi suspenso, diante de diversas irregularidades.
Durante o período de alta em casos de dengue, a SMS também publicou uma cotação para a contratação direta, em caráter emergencial, de empresa especializada na prestação de serviços em tecnologia para implementação das centrais de regulação do Samu por 180 dias. O ato também foi suspenso pelo TCM-GO, após ação do Ministério Público de Contas (MPC).
Dois dias depois, a pasta publicou novamente a cotação para tal contratação, o que fez com que o MPC pedisse o afastamento do secretário. Pollara reassumiu o cargo 45 dias depois. A contratação direta para a locação de 21 motofogs, que custaria R$ 2,8 milhões aos cofres públicos, também foi suspensa.
Outros contratos milionários, tais como para a manutenção preventiva de imóveis pertencentes à pasta, além de outros convênios e aquisições para a saúde chamaram a atenção da Justiça, conforme relata a reportagem.
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