09 de agosto de 2024
Tecnologias estratégicas • atualizado em 26/02/2024 às 15:50

Gerente do Programa ‘Cidades Inteligentes’ fala sobre implementação de tecnologias em Goiás

Em entrevista ao Diário de Goiás, a gerente do Cidades Inteligentes Rayane Lima falou sobre a importância de investir em tecnologias estratégicas

O Programa de Cidades Inteligentes da Subsecretaria de Energia, Telecomunicações e Cidades Inteligentes, que fica sob cuidados da Secretaria-Geral de Governo, ganha cada vez mais força para se consolidar no estado. Em entrevista ao Diário de Goiás, a gerente da proposta Rayane Lima falou sobre o diferencial das tecnologias estratégicas que, segundo ela, vão trazer “qualidade de vida aos municípios”.

A iniciativa contempla um conjunto de melhorias nas áreas de iluminação pública, segurança e energia limpa e um dos destaques é a instalação de 564 câmeras de monitoramento em Goiás, com previsão de processo licitatório ainda para o primeiro semestre. “O diferencial do nosso sistema é que ele vai ter inteligência artificial, que será capaz de fazer reconhecimento de placa veicular, reconhecimento facial e características físicas das pessoas para estar cruzando os bancos de dados de procurados pela Justiça e de pessoas desaparecidas”, explica a gerente.

Outro diferencial do projeto é a integração dos municípios, fazendo com que Goiás se desenvolva no âmbito da comunicação unificada. “Como nessa primeira fase nós estamos contando com 9 municípios, teremos integração total entre eles. Isso significa que, por exemplo, se o procurado da justiça apareceu em uma câmera em Formosa, o pessoal de Goiânia também vai estar ciente, ou seja, todos os municípios também vão receber essa notificação em tempo real, em caso de pessoas desaparecidas também”.

Centros de controle

Além da comunicação integrada, o Governo também irá buscar investir em Centros Integrados de Inteligência, Comando e Controle (CIICC). Segundo Rayane, atualmente o estado conta com uma unidade em Goiânia e o projeto irá buscar a construção de mais quatro unidades. “O centro em Goiânia, que fica sob o comando da Segurança Pública, e nós vamos fazer nas demais cidades do entorno e também em Goiás outros centros que serão para os guardas locais ficarem na sala de monitoramento”.

Rayane também conta que, quando receberem algum tipo de alarme, caso tenha passado algum carro roubado ou se passou algum procurado, os profissionais vão receber essa informação diretamente no centro regional. “Se eles precisarem então se comunicar com o pessoal da guarda de Goiânia, vão conversar com o centro de Goiânia ou com os demais centros de todo o projeto. Então, no total, teremos cinco centros operacionais”.

Projetos em andamento

Durante a entrevista, Rayane antecipou que, como a subsecretaria envolve três eixos que são: Cidades Inteligentes, Telecomunicações e Energia, alguns projetos estão encaminhados em paralelo. “Já existe um projeto na questão da eficiência energética caminhando, que é na outra superintendência, que é a de Energia, e existe esse nosso projeto de conectividade, desenvolvido pela superintendência de Energia e de Eficiência Inteligente”, afirmou a gerente.

Programa ‘Cidades Inteligentes em Goiânia

Segundo Rayane, o estado estará presente nesta terça-feira (27), na audiência pública para ouvir a sociedade e discutir a Parceria Público-Privada (PPP) para o projeto. “Vamos participar para ver como vai estar funcionando, só para termos um critério mesmo, porque alguns projetos da prefeitura se assemelham com os nossos”, afirmou.

Segundo a prefeitura, a busca pelo investimento privado é estimada em R$ 444 milhões, além da aplicação de R$ 367 milhões para manutenção dos serviços ao longo de 25 anos. Sobre o número expressivo de investimento, Rayane destaca que: “Quando priorizamos uma tecnologia para melhorar a qualidade de vida do cidadão, nós estamos fazendo um certo tipo de investimento. Toda tecnologia, no início, existe um investimento substancial, mas é algo que vai se pagando durante os anos, é algo que vai trazer uma melhoria de vida”.

Em Goiânia, o projeto é dividido em duas fases: interna e externa. Na primeira, foi desenvolvido pelo Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas (CGPPP), da Prefeitura de Goiânia, o estudo de viabilidade técnica, econômica, jurídica e ambiental focado no plano de modernização da infraestrutura urbana. Na sequência, o IPGC trabalhou no projeto de modelagem, que agora está em fase de consulta pública, onde sociedade civil, entidades públicas e privadas poderão dar suas contribuições na audiência pública.


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