07 de agosto de 2024
Impactos negativos • atualizado em 04/07/2023 às 12:16

Geraldo Alckmin admite que Goiás sofrerá perdas com a Reforma Tributária

Vice-presidente defendeu a criação do Conselho Federativo, um dos pontos de divergência entre União e governadores. Para Ronaldo Caiado (União Brasil), atual texto tira a autonomia dos entes federados
Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, confirmou que Goiás "perderá um pouco" com a Reforma Tributária Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, confirmou que Goiás "perderá um pouco" com a Reforma Tributária Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em entrevista concedida ao Grupo Bandeirantes nesta segunda-feira (3), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), admitiu que Goiás perderá receitas, caso o texto da Reforma Tributária seja aprovado no Congresso Nacional da maneira como está sendo discutido.

Na ocasião, Alckmin defendeu a criação do Conselho Federativo, um dos pontos de divergência entre União e governadores. O vice-presidente comentou ainda sobre discussão a respeito da origem e destino da tributação, explicando que no mundo inteiro, o imposto é pago onde se consome enquanto, no Brasil, o pagamento é feito na origem.

Nesse momento, Geraldo Alckmin afirmou que estados como São Paulo e Goiás perdem “um pouco”, por serem considerados exportadores líquidos, que produzem mais do que consomem. O Nordeste, por sua vez, “ganha um pouco”, por ser muito populoso e ter mais consumidores.

“Mas isso elimina a guerra fiscal”, avaliou o vice-presidente. A questão, porém, é um dos pontos de desacordo da matéria na avaliação de governadores, prefeitos e dirigentes classistas.

Caiado questiona impactos da Reforma Tributária

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), um dos principais críticos do atual texto da reforma, questionou esse impacto negativo para o Estado e ressaltou que a proposta tira a autonomia dos entes federados.

“São os prefeitos e governadores que conhecem a realidade do cidadão. Da forma como está, a reforma limita os gestores, prejudica o setor produtivo e impede o desenvolvimento econômico”, disse.

O governador reforçou que a afirmação sobre a redução na arrecadação de Goiás foi feita pelo próprio vice-presidente, e ocorre em um momento em que o Estado está em ritmo acelerado de crescimento. “Nós crescemos 6,6% no último ano, enquanto o país cresceu 2,9%. A reforma ignora isso e quer reduzir nossos recursos. Além de ser um atraso essa ideia de centralização de recursos”, concluiu Caiado.


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