BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Vivo, o israelense Amos Genish, deixará o comando da operadora e será substituído por Eduardo Navarro. A troca será anunciada ainda neste domingo, mas só se efetivará no início de janeiro de 2017. Genish já vinha negociando sua saída do grupo, controlado pela espanhola Telefónica, e foi convencido a permanecer no conselho de administração, quando Navarro assumir a presidência da operadora.
Eduardo Navarro, brasileiro, é um dos principais executivos da Telefónica, na Espanha, e responde por toda a estratégia comercial da divisão digital do grupo. No Brasil, ele é presidente do conselho de administração da Vivo desde a fusão entre a Vivo e a GVT, operadora que foi fundada por Amos Genish e um grupo de investidores estrangeiros, em 1999.
A Vivo comprou a GVT do grupo de mídia francês Vivendi por R$ 22 bilhões, em 2014, e Amos Genish foi escolhido para implementar a fusão.
Quando assumiu o cargo, negociou com os espanhóis que ficaria na empresa até promover as sinergias (economias de custo) esperadas e “enquadrar” a companhia em padrões financeiros de retorno e margem de lucro.
A meta foi cumprida um ano antes. A empresa já recuperou mais de R$ 25 bilhões do valor investido (mais do que foi pago pela GVT) em economias de custo. Por isso, Genish pediu ao presidente global, José María Álvarez-Pallete López, para antecipar sua saída.
Eduardo Navarro trabalha no grupo espanhol desde a privatização da telefonia no Brasil. Logo depois, mudou-se para a Espanha onde desempenhou diversas funções importantes. Antes de assumir a área digital, considerada a “menina dos olhos” para a virada do grupo no campo de produção de serviços e conteúdo pela internet, foi vice-presidente e responsável pelo plano industrial do grupo (onde fariam investimentos) e parcerias nos diversos países onde a Telefónica atua.
Leia mais sobre: Economia