19 de novembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 01:11

Geddel retorna ao Palácio do Planalto cinco meses depois de demissão

Há cinco meses afastado do governo peemedebista, o ex-ministro Geddel Vieira Lima retornou nesta quarta-feira (3) ao Palácio do Planalto, onde despachava no comando da Secretaria de Governo.

O peemedebista, que é amigo de Michel Temer e era um dos seus principais escudeiros, se encontrou na terça-feira (2) com o presidente e, nesta quarta-feira (3), foi ao Palácio do Planalto para fazer visitas a auxiliares e assessores presidenciais.

Geddel viajou a Brasília para participar nesta quinta-feira (4) de sessão especial no Senado em homenagem ao ex-governador da Bahia Antonio Lomanto Júnior.

Não é a primeira vez que o presidente se reúne com o ex-ministro desde que ele deixou o cargo sob acusação de pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para viabilizar um empreendimento na Bahia.

Em março, Temer recebeu Geddel no Palácio do Jaburu. Segundo relatos, conversaram sobre a conjuntura nacional e sobre as reformas trabalhista e previdenciária.

Nas palavras de um assessor presidencial, apesar de Geddel ter deixado o governo, o presidente ainda o consulta sobre temas políticos, sobretudo relacionados ao Congresso, uma vez que era papel dele fazer a negociação política entre Executivo e Legislativo.

Calero deixou o governo após acusar Geddel de tê-lo pressionado a produzir um parecer técnico para viabilizar um empreendimento no qual ele tinha apartamento na Bahia. O ministro negou a pressão à reportagem, mas a crise ministerial levou à sua demissão uma semana depois.

Para provar a pressão, Calero gravou conversas com Geddel, com o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e com o próprio presidente, que chamou a iniciativa de “agressiva” e “clandestina”.

Em entrevista dois dias depois da saída de Geddel, o presidente afirmou que considerava pedir ao GSI que gravasse as audiências no gabinete presidencial, o que não levou adiante.

Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o presidente não está gravando as audiências porque o tema ainda está em análise no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e, por isso, ele não tomou uma decisão. (Folhapress)

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