25 de novembro de 2024
Investigação

Gayer é suspeito de usar cota parlamentar para pagar despesas pessoais e favorecer empresa do filho

Investigação da PF afirma que imóvel alugado com cota parlamentar estaria sendo usado para operação de loja de roupas e curso de idiomas
Gayer se pronunciou afirmando que a busca e apreensão seria uma forma de prejudicar o seu candidato a Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL). (Foto: Reprodução: Redes sociais).
Gayer se pronunciou afirmando que a busca e apreensão seria uma forma de prejudicar o seu candidato a Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL). (Foto: Reprodução: Redes sociais).

Segundo informações da Polícia Federal, Gustavo Gayer (PL) utilizava sua cota parlamentar para pagar o aluguel de sua escola de inglês em Goiânia e para favorecer uma loja de roupas, a Desfazueli, que está em nome do filho do parlamentar. Na manhã desta sexta-feira (25) Gayer foi alvo da operação “Discalculia”, onde foram cumpridos um mandado de busca e apreensão contra o deputado e assessores.

Em um dos diálogos obtidos pela corporação pela quebra de sigilo de João Paulo Sousa Cavalcante, um assessor de Gayer, mostra a preocupação com o desvio de dinheiro público. “A escola tá sendo paga com recurso público e tá sendo usada para um fim totalmente que tipo num existe, né. Num tem como ser assim. E aí eles vão levando, ou seja, ainda não entenderam a gravidade, sabe?”, disse Cavalcante em conversa com advogado.

Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Não há mandados de prisão nessa etapa da operação. Segundo a TV Globo a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com as buscas, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O espaço físico segundo a polícia era utilizado para operação da escola de inglês e da loja de roupas. os valores mensalmente pagos através de cota parlamentar para alugar o imóvel sede variam, desde fevereiro de 2023, de R$ 6 mil a R$ 6,5 mil. “Além disso, as mídias extraídas na busca e apreensão teriam revelado que os secretários parlamentares de Gustavo Gayer eram utilizados, no espaço físico locado com verbas de cota parlamentar, para atender às demandas da Loja Desfazueli”, diz trecho da decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Em sua defesa, Gayer se pronunciou afirmando que a busca e apreensão seria uma forma de prejudicar o seu candidato a Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL). “Esse é o Brasil que a gente tá vivendo agora, é surreal o que estamos vivendo. Onde isso vai parar? Vieram à minha casa, levaram meu celular, HD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país”, disse Gayer em vídeo publicado em suas redes sociais.


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