O Norwich, clube da segunda divisão inglesa, anunciou nesta sexta-feira a contratação do meia Gabriel Sara, que se despediu do São Paulo na última quarta, quando embarcou para fazer os exames e assinar contrato na Inglaterra. Praticamente ao mesmo tempo em que o anúncio foi feito pelos ingleses, o clube paulista divulgou um texto confirmando a conclusão da transferência e publicou um vídeo gravado durante o último dia em que o jogador de 23 anos esteve no CT da Barra Funda.
“Queria agradecer nossa torcida por ter me acolhido, ter torcido por mim. Agradecer de coração, agradecer ao São Paulo por tudo que fez por mim, espero poder retribuir à altura. E lá na frente, se estiver apto, se estiver bem, poder retribuir de novo Não tenho como expressar o quanto eu amo este clube, o quanto eu tenho prazer de estar aqui, e quanto eu fui privilegiado de poder jogar e vestir esta camisa”, disse o meio-campista em entrevista à SPFCTV.
Após nove anos no São Paulo, contando o tempo de categorias de base, Gabriel Sara jogará em um time diferente pela primeira vez na carreira e se tornará o primeiro brasileiro a defender o Norwich. As duas partes firmaram vínculo válido até 2026, com opção de extensão por mais um ano, caso o clube inglês tenha interesse. O meio-campista não teve a oportunidade de se despedir da torcida são-paulina em campo porque está sem jogar há cerca de três meses, em recuperação por causa de uma cirurgia no tornozelo direito.
“A maioria das coisas que eu sei eu aprendi foi no São Paulo. Cheguei criança, 13 anos, mudei totalmente de vida, longe da minha família, apostando que daria certo, não sabia se daria. Foi algo único para mim. O São Paulo me deu de tudo, me deu ensinou, me ensinou a ser uma pessoa melhor”, disse, emocionado. “Às vezes a gente fica na cabeça que podia ter feito mais, é como meu pai fala: ‘Você é muito abençoado de poder estar num clube como este’. Não vou chorar não, é complicado. Lá atrás quando eu cheguei a impressão que passava é que eu iria ficar aqui para sempre.” concluiu.
Sara não joga desde a vitória por 3 a 1 do São Paulo sobre o Jorge Wilstermann, na fase de grupos da Copa Sul-Americana, quando sofreu a lesão. Antes disso, foi aproveitado com frequência pelo técnico Rogério Ceni e fez 15 jogos até se machucar, 12 deles como titular.
Revelado nas categorias de base do São Paulo, foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2019, ano em que foi promovido ao profissional, mas só fez seis partidas. A partir de 2020, passou a ser mais utilizado e teve participação importante na conquista do título paulista em 2021. No total, fez 112 partidas e marcou 17 gols.
(Conteúdo Estadão)
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