23 de dezembro de 2024
Esportes

Gabriel Medina e Tati Weston-Webb estão nas semifinais dos Jogos Olímpicos Paris 2024

Gabriel Medina (Foto: William Lucas/COB)
Gabriel Medina (Foto: William Lucas/COB)

O Time Brasil terá dois representantes nas semifinais do surfe dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Nesta quinta-feira, dia 1º, Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb venceram suas baterias e seguem na briga pelas medalhas da competição, que está sendo disputada nas clássicas ondas de Teahupo´o, no Taiti. Os confrontos decisivos acontecerão no próximo sábado, dia 3, a partir das 14hs (horário de Brasília). Em busca de uma vaga na final olímpica, Gabriel enfrentará o australiano Jack Robinson, enquanto Tati terá pela frente a costarriquenha Brisa Hennessy.

O dia em Teahupo´o começou com as oitavas de final femininas. Em um dos confrontos mais aguardados dos Jogos, a brasileira Tati Weston-Webb superou com autoridade a líder do ranking da World Surf League, a americana Caitlin Simmers por 12.34 a 1.93.

Logo em seguida, as brasileiras Luana Silva e Tainá Hinckel se enfrentaram. Amigas fora da água, elas fizeram um duelo bastante equilibrado, que teve como vencedora Luana pelo placar de 6.77 a 5.93.

Nas quartas de final, Tati teve a espanhola Erostarbe como adversária. Com duas ondas consistentes, a brasileira fez um somatório que lhe deu tranquilidade para administrar a bateria. No fim, 8.10 para Tati e 6.34 para a sua oponente e vaga garantida na semifinal olímpica.

“Eu estou me sentindo ótima. Realmente foram condições super difíceis, mas passar essa bateria me deu muita confiança porque foi bem difícil. Consegui mostrar um pouquinho do meu surfe, consegui pegar umas ondinhas e graças a Deus deu para passar. Teahupo’o é uma onda perfeita, mas quando não está perfeita eu fico um pouquinho mais focada no lado competitivo, pensando em como competir e passar a bateria. Então, eu vou continuar com esse tipo de pensamento para frente. Estou vivendo o momento, uma parte de cada vez, surfando cada onda, vivendo cada momento que passa. Estou tentando viver no momento. Estou chegando perto e, se Deus quiser, vai dar tudo certo”, projetou Tati, que em sua segunda participação olímpica melhora seu desempenho. Em Tóquio 2020 ela parou nas oitavas de final.

Pelo lado masculino, um confronto entre dois dos principais favoritos à medalha colocou frente à frente os brasileiros Gabriel Medina e João Chianca. Especialistas em tubos, os dois tiveram que encarar um mar com ondas pequenas e irregulares. Melhor para Medina, que soube aproveitar as ondas desde o início da bateria, tirando um 8.10, e deixando o amigo sob pressão. No fim, com mais um 6.67, Medina somou 14.77 contra 9.33 (4.83 + 4.50) de João.

“É a minha onda favorita, como eu sempre falei. Fico feliz só de entrar na água aqui. E hoje foi uma bateria importante, né? Contra o João, a gente tem feito tudo junto e a gente teve que se enfrentar. Fico feliz de estar na semifinal”, destacou Medina, que analisou as condições do mar.

“O mar não está fácil. Consegui uma nota alta ali, mas está super difícil de competir. Hoje foi mais um dia de sobrevivência. Sempre tem esse dia durante uma competição. E eu acho que foi hoje. Agora, daqui para frente, eu acho que vão vir ondas melhores. Em Teahupo’o tem que estar preparado para qualquer situação, porque muda muito. Então, hoje a gente lidou com o vento, com um tamanho também que diminuiu bastante, mas eu acho que no próximo sábado, a previsão está bem boa para as ondas. Então, acredito que vai dar uma melhorada”, observou o tricampeão mundial, que chega em sua segunda semifinal olímpica da carreira.

Já Chumbinho, apesar da tristeza da derrota, fez um balanço positivo de sua participação olímpica depois de se recuperar de um grave acidente que quase o tirou a vida.

“Eu não sei descrever esse ano que foi para mim. Foram diversas experiências. Só a experiência de realmente voltar para o jogo em diversas formas diferentes, em diversos eventos diferentes e me colocar nessa situação onde eu estou representando o país, indo contra adversários muito fortes, competindo num evento tão grande quanto os Jogos Olímpicos. É uma experiência que realmente estou levando para casa. Agora é treinar, voltar a trabalhar, agradecer a toda a torcida, agradecer a todo o carinho do povo brasileiro e realmente amar o que eu estou fazendo no momento”, disse João Chianca.

Na última bateria do dia, Luana Silva caiu no mar para enfrentar Brissa Henessy, da Costa Rica. Em um confronto com poucas ondas, a brasileira foi superada por 6.37 contra 5.47.

“A vida de competição não é fácil, mas queria agradecer a todos que torceram por mim. Ganhei uma torcida enorme do Brasil e agradeço do fundo do meu coração a todos que torceram por mim”, agradeceu Luana.

Outra que levará muitas experiências positivas de sua estreia olímpica é Tainá Hinckel. “Tem muitos pontos positivos para tirar de tudo isso, porque ser uma atleta olímpica não é todo dia. Eu não esperava isso de um dia para o outro assim e estou bem feliz de estar representando o meu país. Infelizmente, não avancei, mas ainda assim sou muito orgulhosa de fazer parte desse time. A experiência de ser uma atleta olímpica fica para a história, fica para a minha história. Então, é algo indescritível e sou muito grata a Teahupo’o por essa oportunidade de estar aqui competindo”, celebrou a surfista da Guarda do Embaú (SC).

(Informações – COB)


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