23 de dezembro de 2024
Mundo

Furacão Michael é rebaixado a tempestade tropical após devastar Flórida

Furacão Michael se dirige à Carolina do Sul. (Foto: NASA via AP)
Furacão Michael se dirige à Carolina do Sul. (Foto: NASA via AP)

Rebaixado para tempestade tropical, mas com fortes ventos e chuvas, o furacão Michael se dirige à Carolina do Sul após provocar pelo menos duas mortes e deixar um rastro de destruição na Flórida e na Geórgia.

O Michael, que tocou a terra como um furacão de categoria 4, foi a tempestade mais violenta a atingir a Flórida em 80 anos. Sua força diminuiu no caminho para a Geórgia, apesar de ainda provocar fortes chuvas e ventos.

Às 9h (horário de Brasília), a tempestade estava a 65 km da Carolina do Sul e os ventos atingiam 85 km/h,  de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).

Na Flórida, um homem morreu após uma árvore caiu sobre sua casa. A segunda morte ocorreu na Geórgia, quando uma garota foi soterrada por destroços.

Mais de 700 mil residências e comércios estavam sem energia nos estados da Flórida, Alabama e Geórgia nesta manhã.

O olho do Michael entrou em terra firme perto de Mexico Beach, uma localidade a cerca de 30 km ao sudeste de Panama City, por volta das 14h (horário de Brasília) da quarta-feira como um furacão de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson (que vai de 1 a 5), informou o Centro Nacional de Furacões. À 1h de quinta em Brasília, o fenômeno foi rebaixado para tempestade tropical. 

Fotos e vídeos de Mexico Beach, uma comunidade de cerca de mil habitantes, mostravam cenas de devastação absoluta. As casas pareciam flutuar no meio de ruas inundadas, algumas totalmente destruídas após terem perdido o teto.

“Minha casa em Mexico Beach está debaixo d’água”, disse Loren Beltrán, uma contadora de 38 anos, depois de ver imagens de seu bairro. “Perdi tudo de material, mas graças a Deus estamos bem”.

Ela e seu filho de três anos se refugiaram em outra casa, onde o panorama não era, no entanto, muito animador.

Panama City parecia uma área de guerra depois de ter sido atingida durante mais de três horas por fortes ventos e uma chuva intensa que caía horizontalmente. As ruas eram intransitáveis e havia antenas, tetos, árvores e semáforos espalhados por todos os lados.

O governador da Flórida, Rick Scott, havia anunciado que o furacão seria “a tempestade mais destrutiva a atingir o ‘panhandle’ da Flórida em um século”. O “panhandle” é como se conhece em inglês esta faixa de terra na costa do Golfo do México.

Ao informar o presidente Donald Trump na Casa Branca, o diretor da Agência Federal de Emergências (FEMA), Brock Long, disse que o Michael foi o furacão mais intenso a afetar a região noroeste da Flórida desde 1851.

Em um comício na Pensilvânia na quarta-feira, Trump disse que seus “pensamentos e orações” estavam com os afetados pela tragédia e prometeu viajar à Flórida “em breve”.

“Infelizmente, esta é uma situação histórica, incrivelmente perigosa e de risco de vida”, disse Ken Graham, diretor do NHC.

O general Terrence O’Shaughnessy, comandante do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, disse que a rapidez com que a tempestade se formou e cresceu pegou os moradores desprevenidos. (Folhapress) 

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