As aplicações em renda fixa, como fundos de investimento, ganham da poupança na maioria das situações com a taxa básica de juros (Selic) em 11,25% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (12) reduzir a Selic em 1 ponto percentual, em linha com o esperado pelo mercado.
Pelas simulações realizadas pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a poupança ainda mantém atratividade em relação a fundos de investimento em alguns cenários.
Isso porque a poupança, que rende TR (taxa referencial) mais 6,17% ao ano, não sofre qualquer tributação. Já os fundos de renda fixa têm incidência de Imposto de Renda sobre seus rendimentos, sendo que a alíquota é maior quanto menor for o prazo de resgate.
Se a taxa de administração dos fundos superar 3% ao ano, a poupança, com um rendimento mensal de 0,54%, ganha em todos os cenários simulados pela associação.
Outras aplicações se mantêm atrativas com a Selic a 11,25% ao ano. Mesmo com remuneração de 80% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, taxa de juros nos empréstimos entre bancos), o CDB leva vantagem sobre a caderneta de poupança. Enquanto o rendimento da poupança fica em 6,68% ao ano, o CDB aplicado pelo mesmo período renderia 7,05%.
Se o período for elevado para mais de dois anos, o rendimento anualizado desse CDB subiria para 7,49%, já que a alíquota do Imposto de Renda sobre os juros obedece a uma tabela regressiva que começa em 22,5% e vai caindo gradativamente até alcançar 15%.
No caso da LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente), a taxa de retorno fica ainda mais atrativa por causa da isenção de IR para pessoas físicas. Se o investidor conseguir uma taxa de 70% do CDI, a remuneração será de 7,67%. Se a taxa for de 90% do CDI, o retorno sobe para 9,97%.
O Tesouro Selic (título público pós-fixado que segue o juro básico), com custo de 0,3% de custódia e zero de corretagem, tem retorno de 8,76% com resgate em um ano e de 9,31% acima de 24 meses. (Folhapress)
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