14 de setembro de 2024
Notícias do Estado • atualizado em 08/07/2020 às 13:22

Fundador da Ricardo Eletro e filha são presos suspeitos de sonegação fiscal

Ricardo Nunes, fundador da rede de varejo Ricardo Eletro. (Foto: Reprodução)
Ricardo Nunes, fundador da rede de varejo Ricardo Eletro. (Foto: Reprodução)

O fundador e ex-acionista majoritário da rede Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, foi preso na manhã desta quarta-feira (8), em São Paulo. A filha dele, Laura Nunes, foi presa na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ambos são investigados em uma operação que combate sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais.

A força-tarefa composta pelo Ministério Público de Minas Gerais, Receita Estadual e Polícia Civil também emitiu mandado de prisão para o diretor superintendente da Ricardo Eletro, Pedro Daniel Magalhães, em Santo André. A ordem ainda não havia sido cumprida até a última atualização. Rodrigo Nunes, irmão de Ricardo, é alvo de um mandado de busca e apreensão.

A investigação da força-tarefa apontou que cerca de R$ 400 milhões em impostos foram sonegados ao longo de mais de cinco anos. Segundo o delegado Vitor Abdala, ele “se apropriou indevidamente do tributo” e viu seu patrimônio pessoal crescer.

A operação cumpre três mandados de prisão e 14 de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Documentos, computadores e celulares foram apreendidos. A Secretaria de Fazenda mineira alega que a empresa omite recolhimento de ICMS há quase dez anos. Também foi determinado o sequestro de bens imóveis de Ricardo, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, para ressarcis o estado de Minas Gerais.

Em nota, a Ricardo Eletro esclareceu que Ricardo Nunes e seus familiares não integram o quadro societário da empresa desde 2019.

Investigação

Conforme a investigação, a rede cobrava dos consumidores o valor dos impostos embutido no preço dos produtos, mas não o repassava. Os imóveis de Ricardo Nunes estão registrados nos nomes das filhas, mãe e de um irmão. A força-tarefa também apontou que o principal sócio teve crescimento de patrimônio em período concomitante à prática dos crimes tributários, o que é caracterizado como lavagem de dinheiro.

De acordo com o MPMG,  a empresa se encontra em situação de recuperação extrajudicial, sem condições de arcar com dívidas.


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