11 de agosto de 2024
Cidades

Fundação dona de rádio revela bastidores de entrevista que terminou com agressão em Anápolis

Câmeras de vídeo mostram ânimos exaltados. (Foto: Reprodução)
Câmeras de vídeo mostram ânimos exaltados. (Foto: Reprodução)

A Fundação Frei João Batista Vogel (FFJBV), proprietária da Rádio 96 FM, revelou em nota divulgada nesta quinta-feira (15) os bastidores da entrevista que culminou na agressão do candidato a prefeito Valeriano Abreu (PSL) ao produtor de jornalismo Weber Witt.

No esclarecimento de quatro páginas, a fundação cita dados do processo sobre o qual Valeriano foi questionado no programa Observatório e publica, na íntegra, a questão formulada ao candidato.

A FFJBV relata que Valeriano mostrou “crescente irritabilidade e indignação” após o questionamento. Nos bastidores, a equipe que acompanhava o candidato, diz a nota, teria questionado o profissionalismo da emissora. O produto então teria explicado ao assessor e à esposa de Valeriano que regras sobre as entrevistas já haviam sido acordadas previamente, em reunião, e estavam sendo descumpridas pelo candidato.

Num momento em que os microfones foram desligados, Witt levou dados do processo a Valeriano e teria sido ofendido pelo candidato e sua esposa. “O candidato e sua esposa se levantaram e foram de encontro ao produtor e apresentador. Com isso, mais insultos profissionais e pessoais acontecem”, relata.

Ao fim do programa, quando o candidato e sua equipe foram convidados a deixar o estúdio, a esposa de Valeriano teria novamente atacado verbalmente o produtor, diz a nota. Depois disso, na saída, o candidato acertou uma cotovelada no rosto de Witt.

Depois disso, um apoiador de Valeriano, com adesivo do candidato no peito, teria invadido a sede da rádio. Dois funcionários da emissora tentaram contê-lo e um caiu das escadas. Ao presenciar a cena, o locutor Wender Matias teria deixado o estúdio da Rádio São Francisco para segurar o invasor e também impedir que Valeriano deixasse o local antes da chegada da polícia.

A FFJBV afirmou que “cobra das autoridades a devida punição para a agressão” e colabora com “total transparência para esclarecimento dos fatos”.


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