Trabalhadores da Saúde da rede pública do Município de Goiânia e do Estado reclamam da falta de equipamentos de proteção individual. Funcionários ligados ao Sindsaúde destacaram a principalmente a ausência de máscaras cirúrgicas. As secretarias da Prefeitura e do Estado destacaram que há dificuldades de comprar os instrumentos. No entanto, há orientações específicas para que não fiquem desprotegidos.
A presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, explicou a reportagem do Diário de Goiás que nas unidades de saúde de Goiânia, não estão sendo fornecidos todos os equipamentos para as equipes, somente para os médicos, sendo que técnicos de enfermagem também estão no enfrentamento.
Município
Foram relatadas denúncias feitas junto ao Ministério Público do Trabalho junto ao Cais Campinas, Cais Urias Magalhães, Cais Novo Horizonte, além de unidades básicas. O superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde, Silvio José de Queiroz, explicou a dificuldade de adquirir os equipamentos, não só em Goiânia, mas em todo o mundo.
Ele relatou que o Município havia feito processos licitatórios, mas ocorreram dificuldades, pois empresas ganharam o processo e não tiveram condições de prestar o serviço. Sílvio destacou que como Goiânia está em situação de emergência, está sendo adquirida a quantidade que aparece disponível.
Sílvio explicou que há um protocolo a ser seguido para que funcionários não fiquem desprotegidos. Trabalhadores da recepção de fato não usam máscara, mas o gestor disse que não há a necessidade, por não ter o contato direto com o paciente.
Para pacientes que chegam com sintomas de gripe, é oferecida uma máscara cirúrgica. Ela é válida por um período de duas horas. O superintendente relatou que muitos funcionários gostariam de usar a máscara do tipo N 95, mas que ela está sendo direcionada para quem tem contato direto com o paciente. Elas tem uma proteção de até 12 horas.
Ele explicou ainda que tem percorrido as unidades, mas que há estoque disponível. Foi orientado a não ter um uso não discriminado.
Estado
Também foram relatadas denúncias feitas junto ao Ministério Público do Trabalho que há falta de equipamentos no Hugo, Materno Infantil, HDT, e do Hugol.
“Os trabalhadores também têm família, precisam de condições de assistência e o que nós queremos é o cuidado conosco. Se os trabalhadores adoecem, a população ficará em risco, pois não haverá quem atenda a população”, destacou a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde disse que é de conhecimento público, a partir da pandemia do coronavírus 2019 (Covid-19), a escassez de alguns insumos e equipamentos de proteção individual (EPIs), como álcool gel e máscaras, no mercado brasileiro.
Foi informado que Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) manteve o fornecimento dos EPIs aos servidores dos setores de atendimento ao público e aos profissionais de saúde.
“Com o intuito de prover o abastecimento, foram abertos vários processos de aquisição, dos quais alguns já se encontram finalizados, aguardando a entrega pelos fornecedores. Registra-se ainda que, nesta semana, a SES-GO recebeu do Ministério da Saúde diversos itens, como máscaras descartáveis, frascos de álcool gel, luvas, óculos de proteção, entre outros, reforçando, assim, o estoque da Secretaria”, diz trecho da nota.
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