O gerente geral da companhia aérea LaMia, Gustavo Vargas, foi preso nesta terça (6) junto com outros dois funcionários da empresa -uma secretária e um mecânico, informou o Ministério Público de Santa Cruz, na Bolívia.
Vargas foi levado para o Ministério Público Departamental (estadual) de Santa Cruz (leste), onde fica a sede da empresa.
A Lamia era proprietária da aeronave que caiu na Colômbia na última segunda-feira (28), matando 71 pessoas, entre as quais a delegação da Chapecoense e vários jornalistas brasileiros.
Nesta terça (6), a Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) retirou documentos dos escritórios da LaMia, que estão sob intervenção das autoridades.
A empresa é investigada por suposta responsabilidade no acidente.
O próprio Vargas tinha admitido dias antes que a aeronave, um BA-146 modelo RJ85, deveria ter sido reabastecida na cidade boliviana de Cobija, no extremo norte do país, para prosseguir viagem até a Colômbia.
As autoridades bolivianas encontraram indícios de irregularidades no funcionamento e nas operações da LaMia, segundo o ministro de Obras Públicas e Serviços, Milton Claros. Como primeira medida destituiu altos funcionários aeronáuticos.
Uma das principais hipóteses é que a aeronave caiu porque ficou sem combustível antes de chegar ao aeroporto de Rionegro, que atende a Medellín, destino do voo.
A funcionária que aprovou o plano de voo, apesar de supostamente ter observado problemas na quantidade de combustível, disse estar sendo usada como bode-expiatório na investigação e pediu refúgio no Brasil.
Leia mais sobre: Mundo