O Deputado Estadual Francisco Júnior (PSD) fez recentemente uma análise sobre o cenário atual e a crise na mobilidade urbana, que em tese deveria ser coordenada pela prefeitura de Goiânia na gestão do atual prefeito e órgãos responsáveis. Na avaliação do parlamentar as visão distorcida tem feito os gestores usarem o trânsito apenas como uma fonte de recursos para fazer frente aos problemas de arrecadação.
“O que mais assusta é que ao se deparar com essas dificuldades, que nem são tão desconhecidas da prefeitura, nestes primeiros meses o poder público tem deixado evidente que não sabe que rumo seguir”, enfatizou Francisco Jr.
Recentemente o titular da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade de Goiânia (SMT), Felisberto Tavares, pediu demissão de seu cargo na pasta. Além disso A SMT é investigada em uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal, que apura irregularidades na pasta. Durante as apurações a empresa responsável pela fiscalização eletrônica do trânsito retirou todos os radares das vias da capital por causa do fim do contrato.
Com todos os problemas citados por Francisco Júnior, ruas esburacadas, mal sinalizadas, congestionamentos, obras inacabadas e até intervenções sem qualquer programação, ele ressalta que as soluções devem passar por um planejamento mais elaborado, “Já na metade do ano, a ausência de investimentos em políticas de gestão e melhorias no deslocamento só evidencia a visão distorcida demonstrada. Além de fazer com que toda a arrecadação seja revertida para o bom funcionamento do próprio trânsito, com investimentos que ampliem a infraestrutura e a organizem, o ponto de partida para qualquer iniciativa na área precisa ser um programa que perceba os momentos de movimentação, que organize o fluxo, e atue numa organização que interprete a mobilidade a partir das necessidades das pessoas”, analisou o deputado.
A prefeitura diante desse embate segue vislumbrando a necessidade urgente dos radares na cidade e assinou recentemente um contrato de R$61,4 milhões para a instalação dos sensores na capital, que estava sem fiscalização desde o início de maio, quando venceu contrato anterior. Previsão da empresa vencedora, Eliseu Kopp Ltda., é que equipamentos estejam nas ruas ainda no início de junho.
Para Francisco Jr as mudanças necessárias devem ser despolitizadas e sem temor de alguns setores da sociedade, “Um caminho em que também é fundamental fazer a discussão é sobre os horários de funcionamento da cidade, inclusive com restrições, sem se temer setores específicos que, no caso de uma circulação adequada, só tem a se beneficiar. Debates que devem ser despolitizados e completamente vinculados ao trânsito, inclusive na formatação de novos modelos e na regulamentação, que deve passar tanto pelos táxis quanto pelos aplicativos, já inseridos no cotidiano das cidades, numa realidade sem volta”, finalizou.
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