23 de dezembro de 2024
Espiando

Foto flagra conversa em grupo de ex-ministros de Bolsonaro: “atos terroristas ajudaram Lula”

Imagem feita pela jornalista Gabriela Biló é do celular do ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira
Na foto, é possível ver que grupo do Whatasapp se chama "ministros de Bolsonaro". (Foto: Gabriela Biló)
Na foto, é possível ver que grupo do Whatasapp se chama "ministros de Bolsonaro". (Foto: Gabriela Biló)

Uma foto da jornalista Gabriela Biló flagrou o ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira, em conversa num grupo de WhatsApp chamado “Ministros de Bolsonaro”. Na tela, é possível ver que Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde, escreveu que atos terroristas em Brasília ajudaram o Governo Lula, o que foi concordado por Paulo Guedes, ex-ministro da Economia.

“A ação de um grupo de radicais” prejudica o legado do governo Jair Bolsonaro (PL), é o trecho da mensagem de Queiroga. “Não houve a percepção do que foi feito no país. Ter esses resultados econômicos durante um colapso no país decorrente da pandemia é um milagre. Agora, tudo o que foi feito vai por água abaixo pela ação de um grupo de radicais. O governo lulopetista havia cometido vários erros na primeira semana, mas a ação desses vândalos acaba por ajudar o governo”, ainda consta na mensagem que foi concordada por Paulo Guedes ao responder “sim”.

Gabriela Biló é jornalista e fotógrafa da Folha de S.Paulo, que foi o veículo que publicou o fato em primeira mão. O jornal afirmou, inclusive, que Queiroga e Ciro Nogueira não responderam à reportagem para falar sobre o assunto registrado em imagem.

A foto, por sua vez, foi feita na manhã da última terça-feira (10), na sessão do Senado convocada para votar o decreto de Lula que estabeleceu intervenção na segurança pública do Distrito Federal, e que foi aprovado. O documento, aliás, foi aprovado de forma simbólica, pois não foi possível fazer a contagem oficial. Sabe-se, porém, que oito senadores bolsonaristas se posicionaram contra, incluindo, claro, o filho mais velho do ex-presidente Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Os outros senadores que foram contra a intervenção Federal de Lula foram os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Carlos Viana (PL-MG), Eduardo Girão (Podemos-CE), Plínio Valério (PSDB-AM), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Zequinha Marinho (PL-PA).


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